Seia cria centro de interpretação dedicado ao republicano Afonso Costa

O presidente da Câmara Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo, anunciou hoje que a autarquia vai investir cerca de 300 mil euros na criação de um centro de interpretação dedicado ao republicano Afonso Costa.

Segundo o autarca, o projeto do Centro Interpretativo República – Afonso Costa vai ser executado no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da cidade de Seia e deverá abrir em 2018.

O equipamento dedicado ao estadista português e político republicano, que era natural do concelho de Seia, na Serra da Estrela, no distrito da Guarda, ficará instalado no edifício da escola primária que tem o seu nome, que vai ser recuperado e adaptado às novas funções.

Com o projeto, a autarquia de Seia não pretende fazer “uma nova releitura daquilo que foi a história” relativamente a Afonso Costa, esclarece o autarca.

“O que nós queremos é que o centro de interpretação seja, na verdade, também um centro de investigação, que leve por diante questões não só correlacionadas com Afonso Costa, mas também com aquilo que é o pensamento em torno da própria República”, disse Carlos Filipe Camelo à agência Lusa.

A autarquia irá envolver no processo a Fundação Mário Soares, o Museu Bernardino Machado, de Vila Nova de Famalicão, a família de Afonso Costa e investigadores.

O futuro centro será “uma estrutura cultural especializada que prevê a instalação dos serviços de museu, arquivo, biblioteca, centro de estudos e investigação”, pretendendo criar “as melhores condições para dinamizar o estudo, a conservação e a divulgação do património histórico-cultural associado a Afonso Costa e à República”, segundo a autarquia de Seia.

O Centro Interpretativo República – Afonso Costa integrará um espaço expositivo e interpretativo, um arquivo e um repositório físico e digital, um centro de estudos e de investigação e promoverá serviços educativos e atividades culturais e científicas.

Com este projeto o município pretende “fazer justiça ao legado de Afonso Costa na história de Portugal e do mundo”.

“Seia deve valorizar e potenciar a história de um dos seus filhos mais notáveis que marcou o seu tempo, nacional e internacionalmente”, sublinha a autarquia, admitindo que “contando esta história pode atrair mais visitantes e dinamizar a economia local ao mesmo tempo que promove o conhecimento e a formação cidadã”.

O autarca Carlos Filipe Camelo disse à Lusa que Afonso Costa, que nasceu em Seia a 06 de março de 1871 e faleceu em Paris, França, a 11 de maio de 1937, foi um homem “com uma capacidade acima da média” e um exemplo para o país.

Afonso Costa, que também foi advogado, académico e diplomata, foi “uma das mais eminentes personalidades da vida portuguesa do primeiro quartel do século XX”, segundo a Câmara Municipal de Seia.


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