Com a denominação “Rede Interior”, o projeto é coordenado pela companhia de teatro ASTA – Teatro e outras Artes, e apresentará 12 espetáculos, onde a poesia visual está em destaque, juntamente com o novo circo e a dança contemporânea.
“No cruzamento da palavra, da ligação do novo circo com a dança contemporânea e as novas linguagens artísticas, existe um projeto que unifica todo o conceito de itinerância e descentralização cultural em espaços de elevado valor patrimonial e histórico, no interior de Portugal”, aponta a organização em nota de imprensa, enviada à agência Lusa.
A informação salienta que o objetivo desta rede de intervenção cultural passa por desenvolver uma programação artística e cultural perfeitamente integrada no território destes sete municípios, promovendo e valorizando o património histórico-cultural e sensibilizando a comunidade a participar ativamente na afirmação destes territórios através da cultura.
“Será entre castelos, anfiteatros ao ar livre, jardins, praças, largos e mercados que a companhia profissional da Covilhã – ASTA, numa coprodução com a Erva Daninha, companhia portuguesa, e mais três companhias de Espanha e uma de Itália, leva a cena e ao ar livre vários espetáculos itinerantes de novo circo, dança contemporânea, teatro, acrobacia, ilusionismo e equilibrismo”, é referido.
A programação arranca com a apresentação do espetáculo “Cântico Negro”, no dia 01 de julho, no mercado municipal da Covilhã, às 21h30.
Este espetáculo trata-se de uma coprodução da ASTA com o TeatrUBI, que se inscreve na linha de cruzamentos artísticos entre a dança contemporânea e o teatro numa dramaturgia que fala do amor e das relações e do que se (não) sente.
A mesma peça segue em itinerância pela cobertura da praça municipal de Manteigas (17 de julho, às 22h00), pelo largo da Câmara de Seia (24 de julho, às 22h00), pelo largo da Misericórdia de Fornos de Algodres (31 de julho, às 21h30) e pelo Castelo de Belmonte (20 de agosto, às 22h00).
A 03 julho, às 21h00, na Praça do Município da Covilhã e, a 13 de agosto, às 22h00, no Parque Verde do Fundão, sobe à cena “Dolce Salto” da companhia italiana Circo Carpa Diem.
Este trabalho apresenta-se com uma linguagem de ‘clown’ misturada com acrobacias aéreas em mastro chinês e monociclo e tem como pano de fundo uma tradição há muito arreigada no território – o fabrico tradicional do pão tão identitário das aldeias e das populações que se reúnem em torno dos fornos comunitários.
A 10 de julho, é em plena ambiência mágica e intimista do anfiteatro da Cerca em Gouveia que sobe à cena o espetáculo “Los Viajes de Bowa”, da companhia espanhola La Gata Japonesa.
“Magia, equilibrismo, dança aérea, humor e poesia é assim que se pode definir a natureza deste espetáculo que nos remete para o imaginário infantil e nos leva pela obsessão de uma menina-mulher nómada que teima em descobrir o que afinal existe por trás das mensagens encerradas nas garrafas que são atiradas ao mar.
Esta peça ruma depois a Manteigas (16 de julho às 22h00) e a Fornos de Algodres (30 de julho, às 21h30).
“Oyun” (jogo, em turco) estreia no Anfiteatro da Cerca em Gouveia dia 11 de julho.
“O espetáculo de circo contemporâneo da autoria do argentino Federico Menini (Companhia espanhola, El Fedito) acontece num espaço cénico único em que é montada uma cozinha tradicional. Malabarismo de tachos, panelas, canecas e outros utensílios facilmente identificativos de uma cozinha beirã, há um encontro e uma busca pela perfeição num espetáculo inovador, humorado, que consegue cruzar disciplinas artísticas tão diversas como a escultura, o desenho, a poesia visual, a música, o circo e o teatro”, especifica a informação.
“Por Um Fio” chega ao largo da Câmara Municipal de Seia, a 23 de julho, às 22h00, rumando depois à Praça das Descobertas, em Belmonte, no dia 21 de agosto, às 19h00.
Esta produção é um espetáculo de novo circo da companhia Erva Daninha, em que dois intérpretes utilizam a acrobacia aérea como técnica para procurarem continuamente o equilíbrio entre dois corpos, num jogo constante de encontros e desencontros.
A 14 de agosto, será a vez do Parque Verde no Fundão receber, às 22h00, o espetáculo de equilibrismo “La Madeja” de Irene de Paz, com forte reminiscência na narrativa da lã e da herança têxtil tão identitária do território das Beiras e Serra da Estrela.
O Projeto Rede Interior tem como entidade líder executora a ASTA – Teatro e Outras Artes e conta com a parceria dos municípios de Belmonte, Covilhã, Fornos de Algodres, Fundão, Gouveia, Manteigas e Seia.
Trata-se de um projeto cofinanciado pelo Centro2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.