PCP da Guarda contra requalificação de trabalhadores da Segurança Social

A direção da Organização Regional do PCP da Guarda emitiu hoje um comunicado a condenar a requalificação de 697 trabalhadores do Instituto da Segurança Social (ISS), uma dezena do Centro Regional de Segurança Social local.

“Esta decisão da requalificação dos trabalhadores do ISS é meramente política, com responsabilidade do Governo PSD/CDS e das suas políticas de destruição de serviços públicos e desmantelamento e esvaziamento da Segurança Social no país e no distrito”, refere o PCP/Guarda em nota enviada à agência Lusa.

O partido refere que “não aceita esta decisão” e que está “completamente solidário com os trabalhadores nos tribunais e apoiará a sua luta” contra a deliberação do Governo.

“O desajustamento de carreiras dos trabalhadores que o Governo alegou é mentiroso, os trabalhadores desempenham funções administrativas e outras pelo que a sua reclassificação em assistentes técnicos já devia ter sido feita”, justifica o partido.

Na nota refere ainda que “não há trabalhadores a mais, mas sim falta de trabalhadores nos mapas de pessoal do ISS”.

A direção da Organização Regional do PCP da Guarda lembra que a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Publicas e Sociais do Centro entregou, no dia 9 de fevereiro, no Tribunal Administrativo de Lisboa, a ação principal contra a requalificação dos referidos trabalhadores.

“Todos os trabalhadores estavam a desempenhar funções de satisfação das necessidades permanentes dos serviços, quando existem trabalhadores em contrato de emprego de inserção (desempregados) a desempenhar funções permanentes”, lê-se na mesma nota.

O PCP entende que o Governo “há muito tempo que está a mais” e o Conselho Diretivo do ISS “deveria pedir a demissão de imediato” no seguimento da decisão “inaceitável” contra os seus próprios trabalhadores.

O partido garante que continuará a sua luta na defesa dos trabalhadores abrangidos pela medida.


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