“Desde que assumiu a liderança da Fundação Côa, em 2017, Bruno Navarro adotou como missão a salvaguarda, conservação, investigação e valorização da arte rupestre do Vale do Côa”, indica o Turismo de Portugal, numa mensagem enviada à Lusa, em reação à morte do presidente da fundação, ocorrida no passado sábado.
Segundo os responsáveis do Turismo de Portugal, representado no Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque, “o país e a região do Vale do Côa perdem um ser humano excecional e um profissional criativo e empreendedor que mobilizou, nos últimos anos, diferentes equipas e parceiros, nacionais e internacionais, em torno da instituição”.
“Bruno Navarro abraçou o projeto do Côa com entusiasmo, determinação e acima de tudo com uma visão inclusiva e transversal”, lê-se na nota de pesar. “Partindo da cultura, educação e ciência, até às questões do território e do ambiente, o turismo esteve também no centro das suas atenções, como fator de projeção e de criação de riqueza para região e para o país”.
“Foi esta visão holística que permitiu também captar investimento de diferente natureza e colocar a Fundação, o Museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa no mapa da arqueologia mundial, e como um destino incontornável para visitar”, indica o Turismo de Portugal.
Enquanto membro do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque – prossegue o comunicado -, o Turismo de Portugal mantém o seu empenho e compromisso com a Fundação, “honrando o legado do seu malogrado presidente, no sentido de afirmar o Parque Arqueológico e o Museu do Côa como ativos estratégicos de referência nacional e internacional, nas áreas do Património e do Turismo, desempenhando um papel fundamental no desenvolvimento económico e social da região”.
O presidente da Fundação Côa Parque morreu no sábado, vítima de “doença súbita”.
Bruno José Navarro Marçal nasceu em Coimbra, em 1977, licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição onde conclui também o seu Mestrado em História Contemporânea, tendo sido investigador do Centro de História da Universidade de Lisboa.
Na sua carreira de investigador, passou também pelo Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, onde frequentou o Programa Doutoral de História, Filosofia e Património da Ciência e da Tecnologia, na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Foi professor no Instituto Superior de Ciências Educativas, integrando ainda o corpo docente de cursos pós-graduados da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
Com um percurso político ligado a Vila Nova de Foz Côa, Bruno Navarro foi deputado à Assembleia Municipal e membro da Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Douro.
Desempenhou ainda funções na Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, acompanhando as áreas educativa e cultural.