“Suspendi o meu mandato desde dia 07 de abril até ao dia 18 de maio, por imperativo legal, para participar na campanha eleitoral pela AD [coligação PSD/CDS-PP] para as eleições legislativas de 2025. Ocupava o sexto lugar nas listas de candidatos, sendo o terceiro suplente”, justificou este autarca do distrito da Guarda.
João Paulo Sousa, que cumpre o seu primeiro mandato autárquico, já havia avançado à Lusa que não se recandidata ao cargo de presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Coa, nas listas do PSD.
Em 19 de fevereiro, o PSD de Vila Nova de Foz Côa anunciou o nome de Pedro Duarte, atual vice-presidente desta autarquia, como candidato às próximas eleições autárquicas.
De acordo com os resultados provisórios, A AD – Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas com 86 deputados, enquanto PS e Chega empatam no número de eleitos para o parlamento, 58, depois de apurados todos os votos nos círculos nacionais.
A AD somou 32,10% dos votos, enquanto os socialistas obtiveram 23,38% e o Chega 22,56%, registando-se uma diferença de 48.916 votos entre estes dois partidos.
No distrito da Guarda, a AD e o Chega reforçaram a votação, onde o PS perdeu 5.583 votos face às legislativas de 2024, mas manteve-se como a segunda força política mais votada.
Apesar destas variações, AD, PS e Chega elegeram os seus cabeças de lista para os três mandatos atribuídos ao círculo da Guarda, tal como nas eleições de há um ano.
São eles Dulcineia Catarina Moura (AD), que se tinha estreado no parlamento há um ano, tal como Nuno Simões de Melo (Chega), enquanto Aida Carvalho (PS) foi eleita pela primeira vez para a Assembleia da República.
A AD venceu em 13 dos 14 concelhos do distrito da Guarda, a exceção aconteceu em Manteigas (ganhou o PS), e obteve 39,56% e 32.291 votos, mais 3.258 do que nas eleições de 2024.
O PS conseguiu 26,40% e 21.550 votos, menos 5.538 do que nas legislativas anteriores, e a terceira força política mais votada voltou a ser o Chega com 21,13% e 17.247 votos, mais 1.426 do que em 2024.
A Iniciativa Liberal (IL) também subiu face ao ano anterior, tendo registado 2,44% e 1.994 votos, uma subida de 81 votos face às últimas legislativas.
O ADN manteve-se como quinto partido mais votado (2,03% e 1.660 votos), mas com menos 581 votos relativamente a 2024, enquanto o Livre conseguiu 1,51% e 1.229 votos, mais 78 comparativamente às eleições anteriores.
Todos os outros partidos que concorreram pela Guarda perderam votos comparativamente às eleições de há um ano, com destaque para o Bloco de Esquerda, que se ficou pelos 1,24% e 1.010 votos. Em 2024 o BE tinha obtido 2.301 votos.
Os bloquistas voltaram a ser ultrapassados pela CDU, o que já não acontecia há muito tempo na Guarda, sendo que a coligação que junta PCP e Os Verdes obteve 1,27% e 1.037 votos. Contudo, foram menos 295 do que em 2024.
Nestas legislativas, o círculo da Guarda tinha 139.506 eleitores, menos 1.930 do que em 2024, tendo votado 58,51% (60,17% em 2024) e a abstenção foi de 41,49% (39,83% em 2024).