Ministro da Saúde garante que Grupo Hospitalar da Beira Interior será “realidade a breve prazo”

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O ministro da Saúde anunciou esta quarta-feira que o Grupo Hospitalar da Beira Interior, que abrangerá as Unidades Locais de Saúde da Guarda e de Castelo Branco e o hospital da Covilhã, “deverá ser uma realidade a breve prazo”.

“A Administração Regional de Saúde [do Centro] já fez o seu estudo”, disse Paulo Macedo aos jornalistas, no final da cerimónia de tomada de posse do novo Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, presidido por Carlos Rodrigues.

Com o projeto de criação do Grupo Hospitalar da Beira Interior, o Governo pretende que “possa haver uma rede colaborativa mais formal”, entre as unidades de saúde daquela região.

“Ou seja, em vez de haver apenas um protocolo para a ortopedia entre o Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e a ULS, o que nós queremos aqui é que, de facto, na Beira Interior, haja uma colaboração muito estreita nestes três hospitais, aproveitando a Universidade [da Beira Interior, na Covilhã], que tem que servir estes três hospitais”, explicou.

Por outro lado, segundo o ministro da Saúde, “faz todo o sentido ter uma estrutura integrada, quer seja naqueles aspetos mais fáceis, como as compras em grupo”, quer seja “em termos de mobilidade de médicos, para estarem onde as pessoas precisam deles e, por exemplo, se poderem deslocar entre estas unidades”.

Com a criação do Grupo Hospitalar da Beira Interior, as atuais ULS de Guarda e de Castelo Branco “mantêm as suas autonomias, mas o grupo hospitalar, depois, tem um conselho comum que integra as três unidades”, referiu.

O presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, reagiu com satisfação ao anúncio de Paulo Macedo, lembrando que “desde sempre” defendeu a criação do Grupo Hospitalar da Beira Interior.

“Como o senhor ministro referiu, e bem, todos os hospitais mantêm a sua autonomia, o que vão fazer é, em vez de se protocolarem, trabalharem de uma forma muito mais sustentada e na rede previamente definida. Claro que todos temos a ganhar com isso”, afirmou o autarca.

O autarca vincou que o hospital da Guarda necessita de dinamizar “ainda mais” a vertente do ensino universitário e que, para aquela unidade de saúde “ganhar” uma dimensão maior tem que “estar em rede”, tem que “cooperar”.

Álvaro Amaro sugeriu ainda que, para o hospital local aumentar o poder de captação de médicos, seja dada possibilidade à ULS /Guarda de contratar profissionais, dando-lhe a possibilidade de também poderem ser professores na Faculdade de Medicina, na Universidade da Beira Interior, na Covilhã.


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