Segundo os resultados oficiais, no círculo eleitoral da Guarda o PS conquistou 45,10% dos votos e elegeu dois deputados, enquanto o PSD obteve 33,52% e elegeu um representante na Assembleia da República.
“Este é um resultado que nos dá uma enorme responsabilidade para os próximos quatro anos. Julgo que as pessoas votaram no PS porque reconheceram que concretizámos projetos importantes no distrito, como foi a reabertura da Linha da Beira Baixa, a decisão histórica de instalarmos o porto seco na Guarda ou as obras do ‘pavilhão 5’ [do Hospital Sousa Martins] e também o IC6 [Itinerário Complementar que ligará Tábua, Oliveira do Hospital e Folhadosa – Seia]”, disse hoje Alexandre Lote à agência Lusa.
O responsável considerou que os eleitores “reconheceram que o PS está a dar provas de que será capaz de transformar” o distrito e o interior do país.
“Esta votação expressiva responsabiliza todos os dirigentes do PS e o próprio Governo para consubstanciar em realidade aquilo que são as propostas que apresentámos ao eleitorado”, assumiu o dirigente distrital socialista.
Alexandre Lote também afirmou à Lusa que sente uma “satisfação enorme” pelo “resultado extremamente positivo” obtido pelo PS no distrito.
“Depois de avaliar aquilo que foi o nosso trabalho na rua e aquilo que foram também estes seis anos de Governo, é um resultado mais do que justo para aquilo que o PS também fez pela Guarda nos últimos seis anos”, disse.
O líder distrital do PS/Guarda admitiu, ainda, que não esperava “um resultado tão expressivo na diferença com o PSD”.
“Felizmente, as pessoas decidiram confiar em nós. Também tivemos uma cabeça-de-lista extraordinária, que foi a Ana Mendes Godinho, que tem um impacto muito positivo neste resultado eleitoral”, concluiu.
O PS ganhou em 11 concelhos do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Sabugal, Seia, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa) e o PSD em três (Aguiar da Beira, Pinhel e Mêda).
Com estes resultados, o distrito da Guarda ficará representado no parlamento pelos deputados do PS Ana Mendes Godinho (atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) e António Monteirinho (líder concelhio do PS e vogal executivo no Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde), e, na bancada social-democrata, por Gustavo Duarte (ex-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa).
Nas eleições de domingo, a que concorreram neste círculo 15 listas, estavam inscritos 145.852 eleitores e votaram 76.901, sendo a abstenção de 47,27%.
O Chega foi a terceira força política mais votada, com 7,95% dos votos, seguindo-se, em quarto, o BE, com 3,07%, e, em quinto lugar, o CDS-PP, com 2,21%.
O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.
Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando estão ainda por atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.
O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.
A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer parlamentar.
A abstenção desceu para os 42,04% depois nas legislativas de 2019 ter alcançado os 51,4%.