Diretor da Escola Profissional é o candidato do PS em Trancoso

Danieljoana

Daniel Joana, diretor executivo da escola Profissional de Trancoso, é o cabeça de lista do PS às próximas autárquicas naquele município do distrito da Guarda.

Com 39 anos, o candidato é professor e doutorado em Literatura de Língua Portuguesa pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Daniel Joana vai tentar suceder a Amílcar Salvador, atual presidente da Câmara que não pode recandidatar-se por ter atingido o limite de mandatos.

O candidato disse à agência Lusa que aceitou “este grande desafio” por sentir que “era o momento para estar disponível” para o seu concelho.

“Senti que era a pessoa que podia congregar as energias e disponibilidade de um conjunto alargado de gente capaz de corresponder às expectativas dos trancosenses e às necessidades do concelho”, afirmou.

Daniel Joana assumiu que esta candidatura é “um passo natural” porque sempre esteve envolvido na vida associativa e política do concelho, ocupando também, na última década, a direção da Escola Profissional de Trancoso, uma das mais antigas do país.

“Senti que deveria estar disponível, mais uma vez, para o meu concelho. O PS de Trancoso também chegou à conclusão que seria o momento certo para eu liderar essa candidatura, que se quer abrangente e mobilizadora”, adiantou à agência Lusa.

O programa eleitoral está a ser elaborado e o candidato pretende afirmar Trancoso como “cidade de contexto rural”, estatuto que, acredita, vai ter novamente “uma oportunidade” na Europa e no mundo.

“Serão cidades que, num período de desmaterialização e digitalização de inúmeras atividades, poderão garantir a qualidade de vida que o cidadão comum não tem conseguido encontrar nas cidades de maior dimensão ou nas áreas metropolitanas”, explicou.

Segundo o socialista, a ideia é “garantir o acesso a bens materiais e imateriais de alta qualidade e permitir uma vida digna a muitas pessoas que não têm capacidade financeira para a ter noutros locais de maior dimensão”.

Daniel Joana quer também fazer de Trancoso um “concelho modular” cnjugando o “urbano e rural”, para “capitalizar todas as energias individuais dos seus residentes, em termos empresariais, associativas, artísticas ou outras”.

“Queremos que Trancoso se possa afirmar como um concelho que faz sentido no século XXI, que dá sentido à vida das pessoas”, realçou.

O cabeça de lista do PS assume que a sua candidatura será de “continuidade nos valores” relativamente aos mandatos de Amílcar Salvador, “mas de inovação nas políticas”.

“Os últimos executivos do PS tiveram um cunho muito forte a vários níveis, financeiro, por exemplo, com o reequilíbrio das contas do município, que estavam num estado muito complicado, mas também ao nível dos valores, da proximidade que criou com os cidadãos e da iniciativa que foi demonstrando, em vários domínios, nestes 12 anos”, elogiou.

Contudo, considerou necessário encontrar “uma perspetiva de inovação” nas políticas, porque “o mundo mudou muito entretanto, os desafios são outros e as exigências de um concelho como Trancoso também são outras”.

A candidatura vai ser apresentada no dia 30 de abril, no Centro Cultural de Trancoso, numa sessão que contará com a participação de Ana Abrunhosa, ex-ministra da Coesão Territorial e candidata socialista à Câmara Municipal de Coimbra.

O socialista Amílcar Salvador venceu a Câmara de Trancoso em 2013, colocando um ponto final ao domínio social-democrata, personificado por Júlio Sarmento, que governou o concelho durante mais de 20 anos.

Desde então o professor do 1.º ciclo do ensino básico, que chegou à cadeira maior do município após três derrotas eleitorais, tem sido eleito com maioria absoluta.

Nas autárquicas de 2021, Amílcar Salvador venceu com 59,7% dos votos e elegeu três vereadores, enquanto João Carvalho, cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP se ficou pelos 32,7% e elegeu dois vereadores.

Já a CDU conseguiu 1,7 %.

Às autárquicas, em setembro ou outubro, o PSD anunciou a candidatura de João Figueiredo.


Conteúdo Recomendado