GNR de Montanha vai ter base de instalação nas Penhas da Saúde

O subagrupamento de Montanha da GNR, que presta serviço na Serra da Estrela, vai ter uma base de instalação nas Penhas da Saúde e uma base operacional na Torre, disse à agência Lusa o comandante distrital da GNR de Castelo Branco.

Segundo José Carlos Gonçalves, esta solução permite dar resposta às necessidades operacionais verificadas e que deveriam ser colmatadas com a construção de um quartel nas Penhas da Saúde, estrutura que nunca chegou a ser construída.

“Esse projeto está e continua a estar pendente, continua a ser uma aspiração, mas atendendo a que a situação económica não está fácil, a solução que arranjámos, no imediato, foi esta”, disse.

Deste modo, a base operacional da Torre ficará instalada na antiga Casa do Guarda e a base de instalação ficará numa casa já existente nas Penhas da Saúde, dois edifícios que serão cedidos pela Turistrela (empresa concessionária do Turismo Serra da Estrela) e que ainda terão de sofrer obras de adaptação.

“A Câmara Municipal da Covilhã e a Turistrela já agendaram para esta semana uma reunião para operacionalizarem o que é necessário para a adaptação e acredito que até ao final do mês conseguiremos ter tudo pronto para proceder à mudança”, referiu, recordando que a solução foi encontrada em parceria com a Câmara Municipal da Covilhã e que já foi aprovada pelo comandante-geral da GNR.

De acordo com o que explicou, estas duas bases têm mais-valias em termos operacionais, já que permitem que os militares estejam o “mais próximo possível da zona de intervenção”.

“Estamos a falar de uma resposta integrada que terá como base três zonas, a funcionar em conjunto. Assim, teremos uma plataforma de ação a nível superior – a base operacional da Torre – que é a zona em que mais se verificam as situações em que é necessário dar apoio e socorro às pessoas. Depois, atendendo ao facto de nas Penhas da Saúde existir um núcleo populacional e comercial importante, teremos aí um ponto intermédio. E por fim, tendo em conta a realidade da montanha, e as necessidades de intervenção mais abaixo, será mantida uma base de saída a partir do quartel da Covilhã, e à qual nós chamamos base de irradiação”, especificou.

O presidente da Câmara Municipal da Covilhã, citado em comunicado enviado à agência Lusa, também se mostrou satisfeito com esta solução, lembrando que a “colaboração entre todas as partes envolvidas foi essencial” e que era “fundamental resolver a atual situação do destacamento de montanha da GNR e cumprir uma velha aspiração”, para a qual se aguardava desenvolvimento desde 2001.

O subagrupamento de Montanha foi criado em 1998 tem atualmente cerca de 22 militares em permanência (que podem chegar aos 30) e é tutelado pela Unidade de Intervenção da GNR.


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