“Depois de um um primeiro fim de semana que foi uma algazarra completa, segue-se este, que vai ter também animação, mas mais calmo, para dar oportunidade às pessoas de desfrutarem mais tranquilamente, sem filas”, salientou Fernando Tavares, presidente da Liga dos Amigos do Alcaide, que organiza o Míscaros em parceria com a Câmara do Fundão. A decisão de ter o Mês do Cogumelo deveu-se à necessidade sentida de dar resposta à habitual elevada procura, que nem sempre permitia a todos os visitantes experimentarem tudo o que pretendiam.
Só para os primeiros passeios micológicos as 180 vagas abertas esgotaram em dois dias, e já abriram inscrições para mais três fins de semana em que é possível participar nestas visitas orientadas por especialistas, para identificar algumas das mais de 500 espécies existentes na serra da Gardunha, e também um passeio com cães.
A sensibilização ambiental é outra das prioridades. O Míscaros não utiliza plástico desde 2015 e foi feita uma recolha de lixo na serra da Gardunha que foi reaproveitado para fazer as instalações e a decoração, em parte por crianças da escola do Alcaide, para envolver e consciencializar toda a comunidade.
A organização garante que, após 14 edições, os visitantes vão continuar a serem surpreendidos e uma vez que este evento é “feito em casa das pessoas, que abrem as suas portas para os visitantes entrarem e experimentarem as refeições confecionadas por si”. À venda vão estar vinte espécies, por produtores certificados, para garantir a segurança alimentar.
O Míscaros – Festival do Cogumelo “tem um impacto muito significativo na economia e turismo locais, nomeadamente na hotelaria, já com a lotação esgotada no concelho e a notar-se pressão nas unidades dos municípios vizinhos”, diz a organização. Segundo o vice-presidente da Câmara do Fundão, Miguel Gavinhos, o Festival do Cogumelo representa uma circulação de “cerca de meio milhão de euros” no concelho, entre as transações feitas no evento e a hotelaria e espaços de restauração locais. Este ano vai ser instalado um compostor comunitário no Alcaide para fazer o aproveitamento dos biorresíduos, que darão origem a fertilizantes.