A coordenadora do projeto, Sandra Soares, diz que «estes resultados ainda são bastante preliminares, uma vez que foram colocados detentores de radão em locais pontuais (nos edifícios das juntas de freguesia) e feita uma recolha, aleatória, de água». Estes resultados vêm «permitir definir uma linha de investigação mais pormenorizada, isto é, em vez de nos limitarmos à avaliação de, somente, dois ou três pontos passarmos a fazer uma avaliação de zona», explica Sandra Soares. A Câmara da Covilhã e presidentes das Juntas de Freguesia do concelho já manifestaram vontade de colaborar no projeto de investigação e futuramente vão estabelecer linhas de ação que permitam organizar e orientar a sua continuidade.
Apesar de não existir legislação portuguesa para a água, para o ar essa legislação existe. A lei fixa em 400 Bq/m3 os limites para a concentração média anual de radão nas habitações, sendo a sua pesquisa apenas obrigatória em edifícios públicos construídos em zonas graníticas. O radão encontra-se em rochas graníticas e trata-se de um gás radioativo, que pode ter efeitos nocivos nas vias respiratórias, provocando malformações ou morte celular. Esta investigação é uma parceria da Universidade da Beira Interior, da Escola Secundária Campos Melo e da Câmara Municipal.
Freguesias do norte do concelho da Covilhã com maiores níveis de radão
Um estudo sobre a qualidade do ar e da água, das diversas freguesias do concelho da Covilhã, no que se refere ao gás radão revelou que é nas localidades da zona norte do concelho que se verificam maiores índices de concentração de radão no ar e na água.
