Festival no Alcaide pretende valorizar o cogumelo

Falta menos de uma mês para a realização de mais uma edição dos Míscaros – Festival do Cogumelo, na freguesia de Alcaide, concelho do Fundão.

A cerca de um mês do arranque de mais um Festival do Cogumelo, o Alcaide mobiliza-se para montar mais uma festa em torno de um recurso natural que diz muito às comunidades rurais. A valorização do cogumelo é a grande motivação da comunidade do Alcaide, que dá o melhor de si para receber os visitantes que rumam até à aldeia para usufruírem do festival.

“Sem a comunidade do Alcaide, seria impossível realizar o festival”, afirmou o presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, na conferência de imprensa de apresentação do festival, num gesto de agradecimento à população.

O festival organizado pela Liga de Amigos, Junta de Freguesia do Alcaide e Município do Fundão realiza-se nos dias 17, 18 e 19 de novembro, com o mesmo figurino e cerca de meia centena de tascas e espaços de artesanato. O festival manterá a vocação ecológica, com copos biodegradáveis certificados, feitos de um substituto do plástico convencional, bem como a responsabilidade social e componente solidária. Novidade para a próxima edição é uma espécie de “duelo de tachos” entre a gastronomia moderna e a cozinha tradicional e que colocará lado a lado a inovação de dois chefs e o saber ancestral para confecionar “o melhor arroz de míscaros”. “É a principal novidade”, anunciou Fernando Tavares da Liga de Amigos do Alcaide.

Os sabores e saberes associados ao cogumelo são a essência deste festival que atrai visitantes de várias proveniências, com a motivação comum de degustar um produto gastronómico espontâneo que, em condições climatéricas favoráveis, abunda na Natureza.

Na Serra da Gardunha haverá cerca de uma centena de espécies de cogumelos, metade das quais comestíveis. Um potencial económico e turístico que o festival quer dar a conhecer ao resto do país e a Espanha. Para que os cogumelos apareçam e se reproduzam nos bosques é indispensável a chuva, que este ano, tarda a chegar. A esperança dos promotores é que chova e que o festival decorra com a mesma animação de sempre, com a ajuda de vários grupos.

O valor gastronómico do cogumelo volta a ser o principal chamariz com o “Live Cooking” animado por chefs como Joe Best, que, segundo a organização, tira férias nessa altura para poder participar no festival.

O Míscaros volta a dedicar atenção especial aos passeios micológicos e workshops. Este ano vai haver estacionamento (pago), com a criação de um parque no quintal da casa paroquial e cuja receita reverterá para a construção de um lar.


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