Diretor-Geral das Artes quer centros culturais a estimular criação artística nos territórios

O Diretor Geral das Artes presidiu à apresentação de Mário Branquinho como novo diretor do CCC.

O Diretor Geral das Artes, Américo Rodrigues, defendeu ontem, dia 15 de dezembro, que os centros culturais têm obrigação de oferecer programação de qualidade e de ser um estímulo à criação artística nos seus territórios.


“Estas casas têm a obrigação de fazer programação, oferecer espetáculos de qualidade para todos os públicos, mas têm também a obrigação de se envolver e apoiar os criadores que residem no território”, afirmou Américo Rodrigues, no Centro Cultural e de Congressos (CCC) das Caldas da Rainha.


O Diretor Geral das Artes, que presidia à apresentação de Mário Branquinho como novo diretor do CCC, vincou a importância de este tipo de equipamentos “se constituir, ou afirmar-se como um centro difusor e produtor de cultura, em articulação com as diversas comunidades que constituem o território”, devendo para isso “ estabelecer uma relação permanente com os criadores locais, sejam companhias de teatro, companhias de dança, instituições de música, associações de artistas plásticos ou criadores individuais”.


No Centro Cultural que integra a rede de teatros portugueses (constituída por 84 teatros e cinemas de todo o país), mas que não tem apoio financeiro à programação, Américo Rodrigues incentivou o novo diretor a avançar com uma candidatura aos apoio da DGArtes.


“O concurso vai abrir no próximo ano e presta apoio substantivo para a programação cultural em equipamentos deste tipo”, afirmou o diretor-Geral das artes, alertando, no entanto que este apoio tem como contrapartida que “a autarquia comparticipe com o mesmo valor” que o apoio que venha a ser atribuído.


Américo Rodrigues respondia ao repto do novo diretor do CCC, Mário Branquinho, que na sua apresentação manifestou a intenção de apresentar uma candidatura a apoio, em 2024.


O novo diretor, que entrou em funções no início do mês, foi escolhido por unanimidade pelo júri do concurso, com base na “solidez de um curriculum assente em longa experiência e provas dadas em funções idênticas às que irá desempenhar, a sua visão estratégica para uma gestão financeira sólida que permita alavancar a vertente cultural do CCC, a experiência em processos de candidatura a programas financeiros e o seu longo e profundo conhecimento do meio artístico e respetivos agentes no panorama nacional”, informou a Culturcaldas, entidade gestora deste equipamento.


Mário Branquinho tem 56 anos, é formado em Ciências Sociais e Mestre em Animação Artística e desenvolveu funções na Câmara de Seia, onde foi programador da Casa Municipal da Cultura e dirigiu o Festival Seia Jazz & Blues.


É um dos fundadores, em 2013, da Grei Film Network, uma rede de 40 festivais de cinema de ambiente de todo o mundo, da qual é membro da direção e é diretor do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, único festival de cinema ambiental em Portugal.


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