A apresentação teve lugar em duas sessões, uma em Reunião de Câmara Extraordinária e outra em Sessão Pública, dirigida à comunidade criativa, agentes culturais, associações culturais da cidade e público em geral. A apresentação ficou a cargo do consultor João Aios.
O Plano Estratégico procura responder a questões decisivas para o novo Teatro, tais como: que cronograma de atividades deve ter? Que modelo de gestão? Que missão e objetivos para o novo Teatro Municipal?
O posicionamento desta nova estrutura cultural na cidade e na região ou a escala que deve assumir nacional e internacionalmente são também questões a que este Plano pretende dar resposta.
Em traços gerais, o futuro Centro de Inovação Cultural procura executar a seguinte estratégia: colocar a Covilhã no roteiro dos espetáculos e programação de referência nacional, bem como, da co-produção e intercâmbio com redes e produtoras de referência nacional e internacional; ser o motor para criação de eventos âncora, também fora do espaço físico do teatro, para aumentar o âmbito de ação e de impacto nas áreas culturais, sociais, turísticas e económicas; promover o envolvimento das estruturas artísticas e culturais da região, tentando sempre que possível, cooperações com artistas, encenadores, maestros, ou outros, de referência nacional e internacional, para criar novas experiências e mais qualidade artística; promover a aproximação entre a comunidade e o espaço, bem como da cidade com outras regiões e culturas; criar e desenvolver um projeto educativo e de mediação de públicos, vocacionado para a educação pela arte; promover a criação artística e acolher artistas em residência, podendo criar projetos de outra dimensão artística e cultural; ter impacto na economia e no turismo, criando produtos e conteúdos que possam projetar a imagem da Covilhã, com uma identidade e memórias fortes, mas com uma componente contemporânea e moderna, que contribua para concretizar uma influência transversal de uma política cultural, que atraia e fixe talento, qualificando a Covilhã.
A obra tem início previsto para o mês de abril, com abertura do novo Teatro Municipal no último trimestre de 2019. Durante as obras e preparação da abertura irão ocorrer uma série de ações de programação, mapeamento do território e ligação às comunidades sociais, culturais e económicas, que prepararão o cenário de abertura e as bases para um trabalho de continuidade sustentado para este investimento que se pretende qualificar e trazer benefícios diretos e indiretos à Covilhã e aos seus cidadãos.
O Presidente da Câmara Municipal, Vítor Pereira, qualificou o novo Teatro como “um grande projeto para a Covilhã” que se pretende que “seja não só uma casa de espetáculos, mas também um verdadeiro centro cultural onde se produza muita e boa cultura, todos os dias”.
O autarca defende que “esta infraestrutura vem com cerca de 30 anos de atraso”, o que obriga a que seja projetada e pensada, “criteriosamente e ao pormenor, para décadas”. “Queremos que o futuro Teatro seja um ponto de convergência, mas também um ponto de irradiação, por isso, este plano estratégico não é um documento fechado e vamos continuar a ouvir os agentes culturais e não só”.
Vítor Pereira concluiu a sua intervenção afirmando estar certo de que esta obra “vai contribuir para o enriquecimento da cultura e do desenvolvimento do nosso concelho, da nossa região e do nosso país”.
