José Manuel Biscaia afirma que decidiu apresentar o pedido de demissão do órgão em solidariedade com o presidente depois de Carlos Martins ter alegado razões de reestruturação da câmara municipal a Covilhã “foi-me comunicado pelo presidente que por razões funcionais e da própria reestruturação da câmara da Covilhã que deixaria de exercer essas funções; o que havia aqui era uma relação entre políticos das câmaras municipais da Covilhã, de Belmonte e de Manteigas e eu entendi que teria de acompanhar a demissão do senhor presidente”. O presidente da Câmara Municipal de Manteigas admite que a situação financeira que foi encontrada do Parkurbis é difícil, mas pode ser ultrapassada “tinha uma perspetiva diferente da situação que me foi presente mas as dificuldades não são motivos para que eu abandone qualquer barco porque não sou propriamente um rato de convés; há dificuldades que iriam ser sanadas em termos financeiros e era isso que estava em causa mas não foi por isso que eu saí”. José Manuel Biscaia garante ainda que não teve conhecimento de qualquer comunicado do conselho de administração onde são feitos esclarecimentos sobre a matéria “não fui informado que iria ser feito qualquer comunicado; já se falou também que não havia informação, se calhar eu próprio não terei feito as questões adequadas em tempo útil mas a informação que eu tenho é suficiente para saber que seria difícil gerir o Parkurbis mas essas dificuldades não metem medo a ninguém”. O antigo administrador do Parkurbis admite que não ficou agradado com algumas declarações imputadas ao director executivo, logo após a eleição dos órgãos “foi-me transmitido que ele teria dito que a universidade deveria continuar no conselho de administração e isso não me agradou mas também não me provocou insónias nem me causou qualquer engulho”. A assembleia geral de acionistas do “Parkurbis”, onde vai ser eleito o novo conselho de administração está marcada para o próximo dia 15 de maio.
Biscaia explica saída do Parkurbis
É o primeiro elemento do conselho de administração do “Parkurbis” a quebrar o silêncio sobre a demissão em bloco daquele órgão.