“Nós [CVRBI], o ano passado, tivemos à volta de 22 milhões de litros de vinho na região e, este ano, esperamos ter um valor mais ou menos nessa ordem de grandeza. Se bem que, como diz o ditado e bem, ‘até ao lavar dos cestos é vindima’. E nós ainda nem começámos a encher os cestos de uvas, na maior parte das zonas, e, portanto, até ao término da vindima é um bocadinho difícil fazer uma previsão certa”, afirmou.
O responsável vaticina que o vinho da produção deste ano seja de boa qualidade devido à chuva que caiu na região, na semana passada.
As chuvas “foram importantes”, porque em algumas zonas as videiras encontravam-se em stresse hídrico e “o aumento de humidade no solo vai permitir que as plantas se hidratem um bocadinho mais e as próprias maturações sejam feitas de uma forma mais equilibrada”.
“Resumindo, acho que vamos ter um ano de produção normal (…), esperemos que o São Pedro nos ajude, como se costuma dizer, para que tenhamos uma vindima, em termos qualitativos, como esperamos”, afirmou.
Neste momento, segundo Rodolfo Queirós, “os indicadores são para isso, as uvas estão boas, estão sãs”.
O presidente da CVRBI admite “que as coisas possam correr bastante bem” na área de influência da CVRBI, que tem sede na cidade da Guarda.
As vindimas já começaram na zona sul da área da CVRBI (Cova da Beira e municípios do distrito de Castelo Branco), enquanto na zona norte (nomeadamente nos concelhos de Pinhel, Trancoso e Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda) devem iniciar-se na segunda quinzena deste mês.
Devido à pandemia causada pela covid-19, pelo segundo ano consecutivo, aquela entidade está a sensibilizar os associados para que durante as vindimas adotem boas práticas de higiene e de segurança, para minimizar os riscos de contágio.
A CVRBI tem sede na cidade da Guarda, no Solar do Vinho, e abrange as zonas vitivinícolas de Castelo Rodrigo, Pinhel e Cova da Beira, nos distritos de Guarda e de Castelo Branco, que correspondem a uma área de 20 municípios, onde se contabilizam cerca de cinco mil viticultores.
Na área da CVRBI, com perto de 16 mil hectares de vinhas e uma grande variedade de castas (destacando-se as brancas Síria, Arinto e Fonte Cal e as tintas Tinta Roriz, Rufete, Touriga Nacional, Trincadeira e Jaen), existem cerca de 60 produtores de vinho, sendo quatro adegas cooperativas e os restantes produtores particulares.