Autárquicas: PS da Guarda assume que resultados no distrito “não foram bons”

No distrito da Guarda, o PS perdeu a liderança dos municípios de Mêda, Figueira de Castelo Rodrigo e Manteigas, e apenas detém a presidência das autarquias de Seia, Fornos de Algodres, Trancoso e Aguiar da Beira.

O presidente da Federação da Guarda do PS, Alexandre Lote, disse hoje que os resultados obtidos a nível distrital “não foram bons” para o partido, por ter perdido três Câmaras e não ter reconquistado a autarquia da Guarda.

No distrito da Guarda, o PS perdeu a liderança dos municípios de Mêda, Figueira de Castelo Rodrigo e Manteigas, e apenas detém a presidência das autarquias de Seia, Fornos de Algodres, Trancoso e Aguiar da Beira (apoiou a candidatura do independente Virgílio Cunha).

“Os resultados em Fornos de Algodres, Trancoso, Seia e Aguiar da Beira foram dos mais claros do distrito. Contudo, não podemos negar que os resultados a nível distrital não foram bons para o PS, porque perdemos três Câmaras com que não estávamos a contar e, apesar da subida, acabámos por não recuperar nenhuma daquelas com que também poderíamos estar a contar”, disse hoje Alexandre Lote à agência Lusa.

Segundo o líder distrital socialista, em Seia, Fornos de Algodres e Trancoso, o PS obteve “excelentes resultados” e também alcançou “bons resultados” em outros concelhos onde “subiu muito e recuperou vereadores”, nomeadamente em Gouveia, Sabugal, Almeida e Vila Nova de Foz Côa, mas o resultado obtido “não foi suficiente para ganhar essas Câmaras”.

Alexandre Lote admite que o resultado global no distrito da Guarda “não foi um bom resultado para o PS” e “ficou claramente aquém” das expectativas, por ter perdido a liderança de três autarquias e obtido “um mau resultado na candidatura à Câmara da Guarda”.

Nos municípios de Mêda, Figueira de Castelo Rodrigo e Manteigas, o PS registou surpresas porque os autarcas que recandidatou “fizeram um extraordinário trabalho” e as populações optaram por uma mudança que não se perspetivava “em função daquilo que foi o bom trabalho feito pelo PS no último mandato”.

A Comissão Política Distrital do PS da Guarda irá reunir em breve para fazer “uma análise mais fina” dos resultados e tomar “algumas decisões quanto ao futuro”, disse.

Segundo os dados do Ministério da Administração Interna (MAI), com os resultados destas eleições, o PSD continua em maioria no distrito da Guarda com a presidência de sete Câmaras. O PS detém três, movimentos independentes lideram também em três autarquias e uma coligação (PSD/CDS-PP) preside a um município (Mêda).

Ainda de acordo com o MAI, neste distrito, o PSD foi o partido mais votado com 35,63 % dos votos (32 mandatos) e o PS o segundo com 34,24% (30 mandatos). Os grupos de cidadãos obtiveram 14,88% dos votos (nove mandatos) e a coligação PSD/CDS-PP 5,09% e sete mandatos.

O PS detém a presidência das autarquias de Seia, Fornos de Algodres e Trancoso e apoiou o independente que venceu em Aguiar da Beira (Virgílio Cunha), e o PSD de sete (Almeida, Pinhel, Gouveia, Sabugal, Vila Nova de Foz Côa, Celorico da Beira e Figueira de Castelo Rodrigo).


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