Autárquicas: Chaves Monteiro (PSD) diz que termina mandato na Guarda com “folha de serviço” que orgulha

Em relação à situação financeira do município, referiu que o valor da dívida de médio e longo prazo é de 11,038 milhões de euros e o prazo médio de pagamento, no terceiro trimestre de 2021, é de 41 dias.

O presidente cessante da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro (PSD), disse hoje que termina o mandato com uma “folha de serviço” que o orgulha e está “empenhado” em assumir o cargo de vereador no novo executivo.

O autarca social-democrata, que em 2019 sucedeu no cargo a Álvaro Amaro, quando este foi eleito para o Parlamento Europeu, destacou hoje, numa conferência de imprensa, o bom trabalho efetuado pelo PSD na passagem de oito anos pela liderança do município da cidade mais alta do país.

Segundo Carlos Chaves Monteiro, pelo trabalho realizado em dois mandatos, é “evidente” que o PSD deixa um bom legado ao novo executivo municipal que vai ser liderado pelo independente Sérgio Costa (que foi vice-presidente e vereador eleito pelo PSD e ultimamente desempenhava as funções de vereador sem pelouros).

“[É] evidente que sim, porque, não só do ponto de vista financeiro, mas também daquilo que foi o equilíbrio das contas, da estabilidade, da confiança que colocámos nos agentes económicos do concelho, mas com obra feita e com obra projetada (…). E, nessa medida, nós consideramos que o trabalho feito é uma folha de serviço que nos orgulha, nos honra, pelo tempo que aqui passámos e que tivemos esta responsabilidade”, disse o autarca.

Durante a conferência de imprensa o presidente cessante apresentou os projetos que estão em curso, as contas do município, estudos e projetos urbanísticos, protocolos e planos estratégicos que foram desenhados para o concelho nos últimos anos.

“Equilibrámos [as contas], cumprimos os nossos compromissos, executámos obra e temos projetos de futuro de grande relevância, como sabemos, que iriam colocar a Guarda num patamar, numa dimensão muito maior do que aquela que alguma vez teve na sua História”, assumiu Chaves Monteiro.

Segundo o responsável, o exercício das funções executivas na liderança do município foram sempre pautadas por “uma gestão autárquica séria, coerente e verdadeira”.

Em relação à situação financeira do município, referiu que o valor da dívida de médio e longo prazo é de 11,038 milhões de euros e o prazo médio de pagamento, no terceiro trimestre de 2021, é de 41 dias.

“O município da Guarda, a 30 de setembro de 2021, está em equilíbrio financeiro e dispõe de uma margem de manobra financeira substancial face ao limite”, adiantou.

Disse, ainda, que a autarquia possui em caixa e em depósitos bancários um total de 9,080 milhões de euros.

Deu conta dos vários projetos em curso, protocolos celebrados, edifícios adquiridos, projetos concluídos e outros que aguardam início de obras e referiu que os Passadiços do Mondego estão em fase de acabamento, prevendo-se a sua conclusão até ao final do ano.

Já o processo da candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027 está “praticamente concluído” para que a sua entrega ocorra no dia 23 de novembro, como está previsto, referiu.

Carlos Chaves Monteiro convidou o seu sucessor para estar presente na conferência de imprensa e acompanhar a apresentação do balanço final do seu mandato, bem como a situação financeira atual do município, mas o presidente eleito não marcou presença e ambos reunirão posteriormente.

O líder do movimento independente “Pela Guarda”, Sérgio Costa, ganhou as últimas eleições autárquicas e vai tomar posse, no sábado, como novo presidente da Câmara Municipal.

Carlos Chaves Monteiro, que se candidatou pelo PSD e perdeu as eleições, disse que respeita a vontade democrática e mostrou-se “empenhado em assumir” o cargo de vereador no novo executivo.


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