“Tendo em conta o património histórico, social e cultural e tendo em conta o que estas localidades representam não só para o interior mas para todo o país, achamos que devemos começar a trabalhar numa candidatura para Património Mundial da Humanidade”, afirmou, em declarações à agência Lusa.
António Dias Rocha, que é também presidente da Câmara Municipal de Belmonte, reconheceu que o processo – já citado em alguns órgãos de comunicação social – “não será fácil, além de ser longo e trabalhoso”, mas mostrou-se “confiante” relativamente ao desfecho.
“A nossa ambição é conseguirmos que dentro de cinco anos esta distinção seja atribuída às 12 aldeias”, adiantou.
O autarca lembrou ainda que o selo da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) poderá ter “um forte impacto em termos da divulgação, promoção e desenvolvimento turístico e cultural de toda a região”.
Relativamente ao que será feito entretanto, sublinhou que a rede das Aldeias Históricas continuará a trabalhar no “sentido de desenvolver, defender e salvaguardar o património destas aldeias, não só em termos materiais e imateriais”.
Para tal, deverá contar com o apoio de fundos comunitários nomeadamente através do PROVERE – Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos – Aldeias Históricas e Património Judaico que, no último quadro comunitário de apoio, envolveu 4,5 milhões de euros.
“Com certeza que vamos ter oportunidade e condições para ter mais verbas em termos do PROVERE, até porque sabemos que a verba total a distribuir se manterá na ordem dos 35 milhões de euros, sendo que as áreas abrangidas não serão oito, e sim, ao que tudo indica, apenas cinco. Portanto, neste ponto, estamos otimistas”, referiu.
A Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico foi fundada em 2007 e integra 12 localidades do interior do país, designadamente Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha e Trancoso.