Fundação Côa Parque recebeu financiamento correspondente a 2012 e 2013

O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, disse na sexta-feira, que o financiamento para 2013 destinado à Fundação Côa Parque (FCP) já está debloqueado e que o Governo assumiu o cumpriu o estabelecido com a instituição.

O governante visitou o Museu do Côa onde apreciou de perto todo o seu espólio museológico que data de há mais de 25 mil anos.

“O senhor secretário de Estado da Cultura continua a acompanhar a situação no sentido de fazer evoluir o modelo de forma a potenciamos ainda mais o valor que existe no Museu do Côa e o Governo já garantiu as condições de financiamento para este ano”, disse o governante à Lusa.

Por seu lado, o presidente da FCP, confirmou o desbloqueio das verbas referentes aos anos de 2012 e 2013, acrescentando que o dinheiro destinado a 2014 só será desbloqueado após uma reunião do concelho de fundadores marcada para o mês de junho.

“Com os desbloqueio das verbas destinas aos anos de 2012 e 2013 permitiu-nos arrumar a casa e pagar dividas a fornecedores o que nos deixa um pouco mais descontraídos e com as contas todas em dia”, avançou Fernando Real.

Após uma resolução do conselho de Ministros o modelo fundacional vai manter-se na Côa Parque.

Os membros fundadores da Côa Parque são a Direção-Geral do Património Cultural, ministérios da Economia e do Ambiente, Câmara e Associação de Municípios do Vale do Côa.

A Fundação Côa Parque tem a seu cargo a gestão do Museu e o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

A Associação de Arqueólogos Portugueses havia referido que classificação atribuída pela UNESCO como Património da Humanidades ao Vale do Côa vincula o Estado português a garantir a preservação, a divulgação e a visita do complexo nas melhores condições.

Na atribuição de fundos, cabe ao poder central a comparticipação em 95% e da parte do poder local as responsabilidade é 5% dos fundos necessários para a gestão da fundação que gere o Museu do Côa e o Parque Arqueológico do Vale do Côa.

A museografia do Museu do Côa foi concebida dentro de “todo o rigor científico”, como uma mostra explicativa dos ciclos de arte rupestre do Baixo Côa e Douro Superior, que se iniciaram no paleolítico superior, há mais de 25.000 anos.

O Museu do Côa abriu as portas a 31 de julho de 2010, 15 anos depois da polémica que determinou a suspensão a construção da barragem, devido aos protestos de ambientalistas e de especialistas em arte rupestre. O museu custou cerca de 17 milhões de euros.


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