“Nas estatísticas, o desemprego no distrito de Castelo Branco ultrapassa os 15.000. Refira-se que este número inclui os trabalhadores desempregados com contratos de emprego e inserção, que aumentaram em 1.700 desde janeiro de 2013 até hoje”, disse Luís Garra à agência Lusa. O sindicalista sublinhou ainda que muito do desemprego no distrito “está a ser encapotado” com os contratos de emprego e inserção, a formação profissional e outros dois fatores que estão indissociáveis, “o aumento do número de reformados em idade produtiva e a emigração”. “Muitos desempregados perderam o subsídio [de emprego] e não conseguiram arranjar emprego. Não lhes restou outra alternativa que não fosse recorrer à reforma antecipada, com fortes e gravíssimas penalizações que vão durar para toda a vida”, adiantou. Luís Garra referiu também que “só 40% dos desempregados do distrito [Castelo Branco] é que estão a receber subsídio de desemprego”, sendo que os restantes “estão lançados numa situação de miséria, de exclusão e de grandes e dramáticas dificuldades”. Para a USCB, o distrito vive hoje uma realidade distinta de outra que já viveu há alguns anos, em que tinha um aumento do desemprego, mas simultaneamente havia um ligeiro aumento do emprego. “Atualmente, o desemprego estrutural aumentou. Isto quer dizer que o número de trabalhadores desempregados que jamais terão acesso a emprego é assustador”, concluiu Luís Garra.
Sindicatos alertam para os 15 mil desempregados em Castelo Branco
O coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco (USCB) alertou hoje para os 15.000 desempregados naquele distrito e recordou que apenas 40% recebem subsídio de desemprego.