A Companhia covilhanense Associação de Teatro e Outras Artes (Asta) vai simular, em cinco agrupamentos escolares, uma conferência com um suposto cientista para sensibilizar os alunos para os problemas ambientais.
A intenção, segundo Rui Pires, um dos responsáveis da companhia, é “descodificar a linguagem tão específica da ciência e alertar as crianças para as situações de emergência ambiental”, como a poluição, a importância da água, dos recursos naturais, e levar os alunos a adotar comportamentos mais sustentáveis.
“A ideia é chamar a atenção e provocar neles a vontade de salvar o planeta, de terem a missão de adotarem comportamentos sustentáveis e que, de alguma forma, ajudem a passar a mensagem junto das suas famílias e das pessoas com quem contactam”, disse, em declarações à agência Lusa, Rui Pires, programador da Asta.
O projeto “Desafios (im)possíveis” começa no dia 10 e estão previstas oito apresentações em escolas do concelho da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, e de Fornos de Algodres, distrito da Guarda.
Rui Pires adiantou que o ator António Abernú vai representar o papel de um cientista e ativista ambiental, que fala sobre a reutilização de borras de café e a mais-valia que representa beber água da torneia, enquanto faz uma retrospetiva sobre a civilização no planeta e menciona estatística e dados, para provocar uma reflexão.
“Pretende-se que quase não pareçam espetáculos, mas algo sério, que pareça uma conferência. É como se fosse uma espécie de Einstein a alertar para os problemas ambientais e para o que estamos a fazer ao mundo”, acrescentou à Lusa o programador da companhia.
O responsável salientou que o intuito foi criar um conceito pedagógico “intimista, para criar proximidade com os alunos” e a possibilidade de discussão.
“Sendo eles os poluidores do futuro, é importante reforçar essa consciência”, referiu Rui Pires, que acentuou a componente educativa, mas também a forma divertida como “assuntos tão sérios” são abordados junto de crianças do 5.º e 6.º anos.
Nas sessões, o ator, que assume a personagem de um cientista, “vai envolvendo o público e confrontando-o com dados, situações, factos reais e científicos sobre o abuso, os danos e a exploração a que o planeta onde vivemos está sujeito”.
Cada intervenção tem a duração de 30 minutos e a primeira está agendada para o dia 10, no Agrupamento A Lã e a Neve, na Covilhã.