Rui Rio na Guarda não comenta alegado silenciamento de deputados

O presidente do PSD participou na cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos distritais do PSD da Guarda, liderados por Carlos Peixoto, e numa sessão com militantes.

O presidente do PSD, Rui Rio, recusou hoje comentar o alegado silenciamento de deputados, dizendo que foi eleito “para gerir o PSD e fazer oposição ao Governo”, e que aquilo que o incomoda “é a situação do país”.

“Isso é que é a notícia do dia? Não. Não tenho nada a comentar sobre isso. Eu fui eleito presidente do PSD, para gerir o PSD e fazer oposição ao Governo, não é para fazer comentários desses”, disse Rui Rio aos jornalistas, na Guarda, onde foi confrontado com o assunto.

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, rejeitou hoje que algum deputado do PSD tenha sido silenciado por si ou por instruções da direção, salientando ser natural que os protagonistas mudem quando a liderança do partido muda.

“Nunca silenciámos nenhum deputado e nunca recebemos qualquer instrução da direção do partido no sentido de silenciar o deputado A ou B”, assegurou Fernando Negrão, questionado pelos jornalistas à porta do grupo parlamentar do PSD.

Depois de uma reunião da bancada, hoje de manhã, na qual ouviu críticas de que alguns deputados estariam a ser silenciados – que partiram da antiga vice-presidente da bancada Teresa Morais e foram apoiadas por outros parlamentares -, Negrão disse ter ouvido essas palavras “com naturalidade”, uma vez que “todos os deputados são livres de fazer as críticas que entenderem”.

Ontem, à noite, na Guarda, perante a persistência dos jornalistas sobre o assunto, o presidente do PSD, Rui Rio, respondeu: “Não vou comentar factos políticos. Não vou comentar (…). Não foi para isso que eu fui eleito (…). Não vou falar de questões internas, não fui eleito para isso”.

“O que me incomoda a mim é a situação do país. Eventualmente o partido também é importante. O partido é um instrumento que eu tenho para servir o país. Mas aquilo que me incomoda verdadeiramente é o país”, declarou o líder social-democrata.

Rui Rio falava aos jornalistas à entrada para a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos distritais do PSD da Guarda, liderados por Carlos Peixoto, e de uma sessão com militantes.

“Eu não me candidatei a presidente do PSD para ser presidente do PSD, eu candidatei-me para servir o país. Portanto, enfim, aquilo que me incomoda a mim é o país e é isso que eu quero efetivamente mudar, o país, o PSD é instrumental”, concluiu o presidente social-democrata.
Nesta deslocação à cidade mais alta do país, Rui Rio lembrou que está a realizar reuniões com militantes nos vários distritos e que a sessão na Guarda é a terceira em que participa.

Nas sessões explica aquilo que está a fazer, “quer do ponto de vista político, quer do ponto de vista estratégico”, e tem oportunidade para ouvir os militantes sobre o futuro do país e do partido, acrescentou.


Conteúdo Recomendado