Os primeiros restos mortais tinham sido localizados no dia 20 de dezembro por um casal de ingleses que passava junto ao rio, na zona onde Rui Costa, de 49 anos, morava. No dia seguinte, inspetores da Polícia Judiciária da Guarda foram ao local e descobriram novas ossadas encaminhadas para o IML de Coimbra.
Feitos vários exames periciais, concluiu-se que também Rui Costa morreu a fugir dos fogos de 15 e 16 de outubro.
Antigo emigrante na Holanda, o indivíduo instalou-se numa pequena casa nas encostas de Folgosinho, em pleno parque natural da Serra da Estrela. Era uma espécie de eremita que no dia do incêndio chegou a ser avistado por uma patrulha da GNR, que o aconselhou a inverter a marcha.
No concelho de Gouveia, o incêndio que afetou 11 das 16 freguesias ceifou 13 mil hectares de floresta, 31 casas (19 de primeira habitação) e 30 empresas.