“Tendo por base a cereja, vamos utilizar outros produtos da região que é o mel e a carqueja, vamos desenvolver um produto processado porque a cereja é um produto perecível, com um período de validade muito curto e há o interesse da Cerfundão em desenvolver um produto com um período de validade mais longo que lhe permita chegar a mercados mais longínquos” explica Luís Silva, investigador do Centro de Investigação em Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior, e coordenador do projeto que reúne uma equipa de 15 elementos e tem como parceiros o Instituto Politécnico de Castelo Branco, o Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior e a empresa Cerfundão.
Outro dos objetivos do projeto é investigar os benefícios para a saúde humana de uma dieta rica em cereja “desde atividades antioxidantes, microbianas, anti-inflamatórias, anti-cancerígenas, vamos fazer um conjunto de ensaios com ratinhos em laboratório e numa segunda fase também vamos utilizar humanos”.
A cereja do Fundão é o produto base a que foi acrescentado o mel e a carqueja, por serem dois produtos da região ricos em compostos bioativos “sempre em comparação com a cereja fresca, o que nós queremos é tentar obter um produto que quanto mais efeitos tiver em termos de saúde melhor, daí nós utilizarmos dois produtos que são ricos em compostos bioativos como é o caso do mel e da carqueja”.
O projeto arranca em janeiro para tudo estar a postos para trabalhar com a cereja em fresco durante os meses da campanha. O projeto vai ainda permitir a contratação de dois bolseiros a tempo inteiro, um para cada uma das instituições de ensino superior envolvidas.