Os três empreendedores viram o seu trabalho e projetos para desenvolvimento de explorações frutícolas distinguidos pelo júri da Academia.
Mestre em bioquímica, Nuno Carvalho é um dos empreendedores cujo projeto se destacou. Escolheu a região do Fundão para instalar um pomar de 15 hectares, onde vai produzir Cerejas e Pêssegos. Até 2019, pretende produzir um total de 96 toneladas de fruta.
Em plena região do Douro, Márcio Pinheiro, um jovem de 30 anos, vê o seu sonho de instalar um pomar de maçã tornar-se realidade. Vai começar o seu projeto numa área com 5 hectares, com o objetivo de chegar às 300 toneladas em 2019.
No caso de Olívia Calvo, da Ericeira, foi apenas recentemente que descobriu a sua paixão pela fruticultura. Licenciada em Assessoria de Administração, Olívia pretende mudar de vida e reconverter em Resende, no distrito de Viseu, uma exploração com 4,25 hectares, onde vai produzir Ameixa Rainha Cláudia, Cereja e Figo. Daqui a quatro anos pretende chegar a um total de 115 toneladas.
Os vencedores foram distinguidos na Cerimónia de Atribuição das Bolsas do CFC, uma sessão em que as principais entidades do setor agrícola se reuniram para debater o tema “Ser empreendedor na fruticultura: oportunidades e desafios em Portugal”. O encontro decorreu no dia 13 de outubro, no Salão do Marquês do Ministério da Agricultura e do Mar, em Lisboa.
“Esta é uma oportunidade para os empreendedores se aproximarem das realidades do setor e que os ajuda a produzir as melhores frutas, a gerir pomares sustentáveis e inovadores e a tornarem-se mais competitivos no mercado” alerta José Jordão, Presidente do Centro de Frutologia Compal.
O júri da iniciativa, que selecionou os projetos distinguidos, é composto pela Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (CONFAGRI), Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA).
Os 12 empreendedores frutícolas que participaram na iniciativa tiveram oportunidade de reforçar os seus conhecimentos de gestão e de estabelecer um contacto mais próximo e de relação com algumas das principais entidades no setor agrícola.
O programa de formação decorreu ao longo de 60 horas, distribuídas entre 20 horas em sala e 40 horas em sessões práticas no terreno. As bases teóricas que sustentam as melhores práticas agrícolas, alguns exercícios de aplicação dos conhecimentos e exemplos de casos práticos reais foram abordados num conjunto de módulos teóricos. Depois dos módulos em sala, a Academia prosseguiu com a formação prática, que incluiu sessões no terreno com Organizações de Produtores, visitas a explorações agrícolas modelo e uma sessão na fábrica Sumol+Compal, em Almeirim.
A Academia do Centro de Frutologia Compal foi criada em 2012 com o objetivo de estimular a inovação no setor frutícola nacional, levando os empreendedores do sector a ver o pomar e o negócio com os olhos dos gestores agrícolas do futuro.