Segundo Rui Sena, o Festival Y tem cumprido os objetivos com que a Quarta Parede iniciou, há 11 anos, este projeto “pensamos que continuamos a fazer aquilo que para nós é o mais importante: demonstrar que a arte contemporânea tem uma validade acrescida, demonstrar também que a pluridisciplinaridade, em sempre apostámos, faz todo o sentido na região. Se calhar, o festival Y terá sido, ao longo destes anos, o projeto que mais criadores trouxe à Beira Interior”, sublinha o dirigente da Quarta Parede.
Este ano, numa experiência piloto, a Quarta Parede decidiu não cobrar entrada nos espetáculos do Festival. Será o próprio espectador a dar o valor que pode e quer “é um ano experimental, no final iremos tirar conclusões, nós só podemos trazer espetáculos se tivermos espectadores”.
Jorge Torrão, o vereador com o pelouro da cultura na câmara da Covilhã deixou a promessa de um apoio ao festival mas não quantificou o apoio. Com um orçamento de 60 mil euros, pela primeira vez, o festival será realizado apenas na Covilhã, já que por motivos de agenda quer em Castelo Branco, quer no Fundão, não foi possível criar as habituais extensões.
O primeiro espectáculo dedicado ao 25 de Abril é precisamente o espetáculo de abertura, a 8 outubro, com a companhia Teatro do Vestido que, na sua estreia em palcos da região, vai apresentar a peça fragmentos de “Um museu vivo de memórias pequenas e esquecidas”, um projeto performativo que parte de uma pesquisa sobre algumas das memórias da história recente de Portugal, numa perspetiva histórica, política e afetiva, e com base em testemunhos de pessoas comuns.