O conceito CASA e FAMÍLIA na história, a sua evolução política, educacional, cultural e social e o progresso arquitetónico da CASA e a sua adaptação ao modus vivendi são os motes para o intenso debate, de dois dias e meio, nas Jornadas Históricas de 2014.
As Jornadas decorrem de 13 a 15 de novembro, no auditório da Casa Municipal da Cultura de Seia, e, à semelhança das edições anteriores, contam com um painel de conferencistas de reconhecido mérito científico e académico.
Para o primeiro dia estão agendadas intervenções de Raquel Vilaça, do Instituto de Arqueologia – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com uma abordagem sobre os “contextos quotidianos e espaços familiares de grupos sociais pré-históricos”; de Maria Helena Cruz Coelho, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, com o tema “a casa e o paço real – linhagem, vassalidade e domesticidade”; e de Lúcia Moura, do Centro de Estudos de História Religiosa – Universidade Católica Portuguesa, com uma exposição alusiva ao “espaço doméstico como oratório”.
No dia 14 de novembro, os trabalhos prosseguem com apresentações sobre “Família e organização do espaço doméstico – perspetiva comparativa”, por Rui Cascão, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; “Home is where your heart is. Experiências familiares de pertença geográfica e resiliência territorial”, por Fátima Velez Castro, do Departamento de Geografia – Faculdade de Letras de Coimbra; e “Modos de habitar no Portugal Contemporâneo”, por Sandra Marques Pereira, da DINÃMIA- CET, ISCTE-IUL Instituto Universitário de Lisboa.
Durante a tarde os painéis integram temas como “Casas nobres e burguesas no séc. XVIII: de templos de virtudes a espaços lúdicos”, por Maria Antónia Lopes, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra; “Cenas da vida familiar na pintura europeia do séc. XVII ao séc. XIX”, por José Manuel Tedim, da Universidade Portucalense; “uma casa portuguesa sem certezas: o habitar na literatura portuguesa (séc. XIX – XX)”, por Joana Duarte Bernardes, da CeisXX; finalizando o dia com o tema “da casa do Mestre ao edifício da Escola. A fabricação de um espaço público de educação de ensino”, por Luís Mota, do Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Superior da Educação, IPC;ESE/GRUPOEDE; CEISXX;UC.
O programa continua pela noite dentro, com a representação dramática “DESPERTAR DA PRIMAVERA de Frank Wedeking”, uma adaptação livre do Grupo de Teatro da Ludoteca Municipal.
No último dia vão estar em debate, durante a manhã, “Quem casa quer casa: a evolução do espaço doméstico no século XX”, apresentado por Susana Lobo, do Departamento de Arquitetura – Universidade de Coimbra; “A perspetiva territorial da casa: relações de poder, disputas espaciais e cidadania”, uma exposição de João Luís Fernandes, do Departamento de Geografia da Faculdade de Letras de Coimbra & Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território; “Casa-crise ou a normalização do habitar: um século de arquitetura”, por Rui Ramos, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.
A tarde fica reservada para abordagens sobre “Casamento e/ou Matrimónio”, apresentado por Anselmo Borges, Padre na Sociedade Missionária Portuguesa, e “A casa, quem lá vive e a passagem do tempo”, uma exposição a cargo do diretor do Museu Nacional de Etnologia de Lisboa, Joaquim Pais de Brito.
As Jornadas Históricas são promovidas pelo Município de Seia, através do Arquivo Municipal, e coordenadas, à semelhança das edições anteriores, por Fernando Catroga, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
A participação nesta formação equivale a 1 crédito, acreditação do Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua, aplicável a educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário.