Com estes “números encorajadores”, a organização defensora dos direitos dos animais selvagens WWF apela à continuação e reforço dos trabalhos para conter as duas grandes ameaças para o felino: os atentados nas estradas e, sobretudo, a falta de alimentos, especialmente coelhos. Caso contrário a ONG teme que esta tendência ascendente estagne.
Uma nova estirpe da febre hemorrágica (RHD) nos coelhos persiste como uma das principais ameaças à sobrevivência do felino, porque as populações de coelhos “caíram mais de 50% na maior parte dos habitats de lince”, devido ao impacto da RHD, garante a WWF.
A elevada mortalidade causada por atropelamentos, com um total de 51 linces mortos nas estradas nos últimos três anos, levou a WWF a lançar uma campanha online “Nem mais um lince atropelado”, o que levou ao número menor registados de mortes em 2015: 15 linces, face ao máximo histórico de 22 em 2014.
As amostras estão divididas em cinco áreas da Península Ibérica: Doñana (Andaluzia), Serra Morena (Andaluzia e Castela-La Mancha), Montes de Toledo (Castilla -La Mancha), Vale Matachel (Extremadura) e Vale do Guadiana (Portugal).
Em Portugal os territórios de distribuição histórica da espécie, são: Sítio de Rede Natura de Monchique; Sítio de Rede Natura do Caldeirão; Parque Natural do Vale do Guadiana; Sítio de Rede Natura de Moura/Barrancos e Parque Natural Serra da Malcata.
Para a WWF, um aspeto positivo é que o lince começa a consolidar a sua presença para além da Andaluzia, com o crescimento de núcleos em Castilla-La Mancha, Extremadura e Portugal e o nascimento da primeira reprodução desta espécie confirmado na Extremadura, graças ao trabalho realizado pelo projecto LIFE + Iberlince.