Vem aí chuva, neve e vento. Eis os alertas e conselhos da Proteção Civil

Prevê-se, para as próximas 48 horas, precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve.

Se se entusiasmou com a ‘primavera’ de fevereiro, fique a saber que março ‘trouxe’ o inverno. De acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 48 horas, precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve.

De notar que, na quarta-feira, dia 6 de março, a precipitação vai cair em especial nas regiões litoral Norte e Centro, a partir do final da tarde. Conte também com um aumento gradual da intensidade do vento, soprando por vezes forte na faixa costeira e nas terras altas.

Já na quinta-feira, dia 7 de março, espera-se precipitação em todo o território, sendo mais intensa nas regiões Norte e Centro e nas zonas montanhosas.

As previsões dão ainda conta de queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela, descendo gradualmente a cota até 800/1000 metros de altitude no final do dia. Quanto ao vento, este vai predominar do quadrante oeste, aumentando gradual da intensidade, soprando por vezes forte na faixa costeira e terras altas, com rajadas até 70 km/h.

O IPMA alerta ainda para o aumento gradual da agitação marítima, com agravamento a partir do início da manhã de quinta-feira, dia 7 de março.

Segundo um comunicado da Autoridade Marítima Nacional (AMN), e “atendendo à alteração das condições meteorológicas, com previsão de precipitação, agitação marítima, vento e queda de neve”, é expectável:

•”Piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água;
•Possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica;
•Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
•Possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima;
•Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
•Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
•Danos em estruturas montadas ou suspensas;
•Desconforto térmico na população devido à descida acentuada da temperatura mínima”.

Assim, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado adotando comportamentos adequados. Assim, aconselha:

•”Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas do degelo;
•Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
•Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
•Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
•Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
•Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
•Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
•Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e quando isso não for possível, adotar as seguintes medidas:
-Verificação do estado dos pneus e respetivas pressões;
-Transporte e colocação das correntes de neve nos veículos;
-Assegurar o abastecimento de combustível em níveis que permitam percorrer trajetos alternativos ou a permanência do veículo em funcionamento por longos períodos de tempo, em caso de retenção nas vias afetadas;
-Nos veículos elétricos, deve ser verificada a carga da bateria e analisada a existência de postos de carregamento no seu itinerário;
-Garantir que os sistemas de aquecimento dos veículos se encontram em bom estado de funcionamento;
-Providenciar alimentos adequados em quantidade e características, assim como medicamentos, de acordo com o número e tipologia de ocupantes dos veículos.
•Nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
•Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
•Restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
•Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
•Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança”.


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