Unidade Local de Saúde da Guarda reinicia tratamentos oftalmológicos intravítreos

A fonte referiu, ainda, que, com as medidas aplicadas, também conseguiu “reduzir a lista de utentes em triagem oftalmológica”.

O Serviço de Oftalmologia da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda “reiniciou os tratamentos oftalmológicos intravítreos” e reduziu a lista de espera para primeira consulta hospitalar.

A ULS da Guarda referiu em comunicado enviado hoje à agência Lusa que o reinício dos tratamentos oftalmológicos com injeção intravítreas “é mais um passo na recuperação da atividade no Serviço de Oftalmologia” que “se prepara para aumentar a produção, a partir do próximo mês, com o aumento de disponibilidade dos oftalmologistas que desde há quatro meses” apoiam a instituição.

“De realçar que, em pouco mais de três meses, a ULS da Guarda conseguiu reduzir a lista de espera para primeira consulta hospitalar e iniciar tratamentos com injeções intravítreas, realizando, assim, consultas e tratamentos com maior antiguidade”, lê-se na nota.

A fonte referiu, ainda, que, com as medidas aplicadas, também conseguiu “reduzir a lista de utentes em triagem oftalmológica”.

No final de 2021, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) alertou para a situação “muito grave” do Serviço de Oftalmologia da ULS da Guarda e para as implicações nos doentes.

A SRCOM adiantou que considerava “muito grave” as circunstâncias do Serviço de Oftalmologia da ULS da Guarda, mais concretamente no Hospital Sousa Martins, que está sem diretor de serviço desde fevereiro de 2020, “pedindo uma resposta com caráter de urgência ao Ministério da Saúde e à Administração Regional de Saúde do Centro”.

“De acordo com as informações mais recentes que a Ordem dos Médicos tomou conhecimento, há já milhares de doentes prejudicados sem consulta e sem cirurgia, alguns dos quais a enfrentar um impacto de forma irreversível”, adiantava a nota.

A fonte referia, a título de exemplo, que “há mais de 250 doentes propostos para cirurgia (cataratas, glaucoma, pequena cirurgia, injeções intravítreas) que estão a aguardar, desde novembro de 2020, que as suas propostas cirúrgicas sejam introduzidas no sistema informático da ULS”.

Segundo a nota da SRCOM, de acordo com o ‘site’ do Ministério da Saúde, na área da ULS da Guarda “existem neste momento [no dia 28 de dezembro de 2021] 1.188 utentes a aguardar triagem para consulta de oftalmologia no Hospital de Sousa Martins (Guarda) e 58 utentes no Hospital de Nossa Senhora da Assunção (Seia)”.

Na sexta-feira, a ULS informou que 15 diretores de serviço na área hospitalar exercem “as normais funções”, que em outros serviços alguns concursos ficaram desertos e que decorrem procedimentos para diretor de departamento.

Sobre o concurso para diretor do Serviço de Oftalmologia adiantou que concorreu um candidato e que o procedimento está em fase de análise curricular, sendo que, “após demissão e rescisão de contrato, o serviço é coordenado pela direção clínica”.

A ULS da Guarda (que abrange 13 concelhos do distrito da Guarda, exceto o de Aguiar da Beira, que pertence ao Agrupamento de Centros de Saúde do Dão – Lafões) gere os hospitais da Guarda (Sousa Martins) e de Seia (Nossa Senhora da Assunção), e também 12 centros de saúde e duas unidades de saúde familiar (A Ribeirinha, na cidade da Guarda e a “Mimar Mêda”, na cidade de Mêda), abrangendo cerca de 142 mil habitantes.


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