Queijo de Idanha com bactéria “listeria” devido a falha no laboratório

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O prejuízo, segundo o dirigente, é de “várias dezenas de milhar de euros” e vem agudizar ainda mais a situação financeira da empresa.

A contaminação de vários lotes de queijo com a bactéria ‘listeria monocytogenes’ na Cooperativa de Produtores de Idanha-a-Nova, que levou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) a ordenar o encerramento das instalações e a destruição de 29 toneladas de produto, terá tido origem num erro humano.
“Houve uma falha no laboratório. Não foram realizadas as análises que deveriam ter sido feitas”, admitiu João Antunes, presidente da cooperativa. O prejuízo, segundo o dirigente, é de “várias dezenas de milhar de euros” e vem agudizar ainda mais a situação financeira da empresa. “Há pessoas com cinco meses de ordenados em atraso, e quando isso acontece é difícil manter a concentração no trabalho e é mais fácil surgirem erros”, afirmou esta quarta-feira ao CM um dos 15 funcionários da cooperativa, que ainda acredita na recuperação da empresa, até porque, defende, “a marca já foi várias vezes premiada pela qualidade e pela inovação”.
A bactéria responsável, entre outras doenças, pela meningite, foi descoberta em dois lotes de queijo após análises de rotina feitas a 16 de dezembro pela DGAV. Os resultados foram conhecidos a 30 de dezembro. Duas semanas depois, “face à gravidade da situação foi determinada a suspensão da atividade e a retirada do mercado de todos os produtos”, explicou a DGAV em comunicado.


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