Em declarações à agência Lusa, o diretor-geral da FMP, Jorge Ferreira, explicou que a empresa iniciou a sua atividade em Portugal há quatro anos e que está agora “a construir uma fábrica na Zona Industrial de Pinhel, que deverá estar finalizada em agosto deste ano, num investimento de 300.000 euros”.
Apesar de estar em Portugal desde outubro de 2010, a FMP está associada “à tradição e experiência” de 60 anos da Vidal Mécanique de Précion, com instalações em Toulouse, e que decidiu expandir a sua atividade para lá de França ao arrancar com uma unidade em Pinhel, mas em instalações arrendadas.
“A escolha de Pinhel para iniciar as operações da FMP deve-se ao facto de um dos quatro sócios da empresa em França ser oriundo desta zona, o que levou a que Portugal fosse o país escolhido. Na calha estiveram a Tunísia e Marrocos, mas o conhecimento do mercado português foi determinante na escolha”, salientou o responsável.
A FMP – Fly Fly Mecânica de Precisão, à imagem e semelhança da empresa-mãe produz componentes metálicas de alta precisão para a indústria aeronáutica civil e militar. As componentes destinadas a trens de aterragem representam cerca de 90% da produção da FMP, sendo que 80% se destinam a aeronaves da Airbus.
Atualmente, a unidade industrial onde a FMP opera em Portugal localiza-se em também em Pinhel e tem uma área de 560 metros quadrados (m2), mas com a fábrica que está a ser construída de raiz a empresa vai passar contar com uma área superior (cerca de 730 m2).
“O ano de 2015 vai ser um ano de mudança. Esta é a nossa expectativa. Vamos também transferir o equipamento para a nova fábrica. Temos tido várias encomendas por parte da Airbus, Boeing e Embraer”, disse à Lusa o responsável, lembrando que “há [também] novos projetos [aviões] por parte da indústria aeronáutica”.
A unidade de raiz que deverá estar finalizada em agosto vai “adaptar-se mais ao perfil e as necessidades futuras da MFP”, destacou.
Segundo Jorge Ferreira, a construção de raiz da unidade fabril vai permitir “um percurso autónomo” da FMP em relação à empresa-mãe, além possibilitar “uma maior capacidade para responder aos novos desafios”.
A empresa fornece ainda componentes para aviões privados da Dassault e aeronaves do fabricante italo-francês ATR – Aviões de Transporte Regional.
