O município presidido por Carlos Condesso (PSD) deliberou atribuir o apoio financeiro, por unanimidade, à Fundação D. Ana Paula Águas Vaz de Mascarenhas e Garcia e Dr. Álvaro Augusto Garcia, na reunião de Câmara realizada na segunda-feira.
“As dívidas acumuladas desta instituição a fornecedores, Segurança Social, contribuições, entre outros, ascendem a mais de 100 mil euros, com o executivo a ter de agilizar este processo, evitando pôr em risco a continuidade da prestação dos serviços a mais de 100 crianças, que diariamente estão a cargo deste centro infantil, bem como o apoio social a quase 50 pessoas do concelho”, refere a autarquia em comunicado enviado à agência Lusa.
O presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, Carlos Condesso, citado na nota, mostra-se “surpreendido com a grave situação financeira em que se encontra a Fundação D. Ana Paula”.
Segundo o responsável, a instituição, para além das dívidas tem também “um quadro de pessoal desajustado às necessidades, bem como problemas no edifício que carece de obras de reabilitação”.
Carlos Condesso destaca ainda que o apoio municipal reveste-se de “importância extrema”, pois consegue “salvar a instituição e honrar o legado e a responsabilidade que os antigos donos deixaram em testamento”.
O município adianta que a Fundação D. Ana Paula Águas Vaz de Mascarenhas e Garcia e Dr. Álvaro Augusto Garcia também irá ser alvo de uma auditoria, que foi solicitada pelo presidente da Câmara Municipal.
A fonte refere, ainda, que vai ser feita “uma reorganização geral do funcionamento” da instituição, “por forma a evitar de futuro uma nova rotura” financeira.
A Fundação D. Ana Paula Águas Vaz de Mascarenhas e Garcia e Dr. Álvaro Augusto Garcia é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) que, desde 1976, funciona em Figueira de Castelo Rodrigo, um município situado junto da fronteira com Espanha.
A Fundação tem por objetivo “a prossecução de atividade de solidariedade social e o desenvolvimento de atividades de apoio em diferentes domínios de intervenção a crianças e jovens e respetivas famílias, e ainda, a crianças e jovens deficientes ou com problemas de inserção, visando a defesa dos seus direitos individuais e de cidadania, designadamente no quadro da promoção do direito à igualdade de oportunidades”.
