Município de Almeida com orçamento de 21,9 milhões de euros para este ano

Camara Almeida

No orçamento para 2024, o autarca destaca os projetos incluídos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente em habitação a custos acessíveis.

O presidente da Câmara Municipal de Almeida, distrito da Guarda, disse hoje à agência Lusa que o orçamento para este ano é de 21,9 milhões de euros, o que representa um “crescimento considerável” face a 2023.

“Há um crescimento considerável. [O orçamento] chega aos 21,909 milhões de euros. Contempla as ações e obras consideradas necessárias à manutenção da qualidade de vida da população residente no município de Almeida”, considera António José Machado, eleito pelo PSD.

No ano passado o valor do orçamento foi de 17,6 milhões de euros.

No orçamento para 2024, o autarca destaca os projetos incluídos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), nomeadamente em habitação a custos acessíveis. Realça ainda o projeto de recuperação e reabilitação das muralhas da aldeia histórica de Castelo Mendo, no valor de 1,7 milhões de euros.

António José Machado assinala também os projetos relacionados com a valorização dos recursos hídricos no Rio Côa. “Estão ligados a zonas de banho e de lazer e no futuro possíveis praias fluviais”, salienta o autarca.

O orçamento de Almeida prevê ainda investimentos na melhoria da eficiência energética em alguns edifícios e a construção de equipamentos nas freguesias de Amoreira, Castelo Bom e Nave de Haver.

O autarca realça ainda que o município vai continuar com os apoios às empresas e à agricultura. Nesta área, António José Machado destaca o arranque do espaço para leilão de gado que gostaria que “ficasse quase em funcionamento” este ano.

Na área social, o eleito do PSD destaca o arranque dos projetos da Universidade Sénior e o Programa Mais Saúde através do qual o município se quer deslocar às freguesias para “fazer um acompanhamento das pessoas que estão mais isoladas”.

Ao nível dos impostos, o município de Almeida decidiu manter os valores “no mais baixo possível”. “O município desde alguns anos que tem tido uma política de incentivo à fixação e manutenção das pessoas no território. Temos os impostos no mais baixo possível”, justifica.

Tem aplicado o mesmo princípio às tarifas da água e do saneamento, ainda que o autarca reconheça “alguma pressão para manter o equilíbrio financeiro”.

O orçamento para 2024 foi aprovado por maioria, com os votos contra dos eleitos do Partido Socialista.

Os vereadores do PS, Alexandre Gonçalves e Catarina Vilhena, argumentaram, na declaração de voto, que não acompanham “uma política que, desde sempre, consideram desajustada para o desenvolvimento do território”.

Os eleitos socialistas defendem que falta “ousadia” e “projetos que arrisquem, que procurem relacionar áreas da economia social com o potencial do turismo”.

“Estamos ávidos de propostas que nos façam contrariar a inércia de tantos, na transformação e adequação do nosso comércio sobrevivente que sejam idealizadores no seio dos instrumentos criados nas dinâmicas transfronteiriças ao invés de meros agentes passivos na espera do investimento”, argumentam Alexandre Gonçalves e Catarina Vilhena.

Os autarcas na oposição defendem que “urge uma política clara para a habitação, capaz de capacitar um futuro de maior esperança” e defendem “uma política cultural sustentada na memória, abrangente em termos de valorização e conservação do património, que seja capaz de criar uma identidade e uma marca de todo o concelho”.


Conteúdo Recomendado