Movimento que defende GNR de Almeida aguarda “serenamente” resultado de audição na AR

A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da AR analisou ontem uma petição, com 1.437 assinaturas, e ouviu os representantes do movimento.

O Movimento por Almeida – Cidadania Digna e em Segurança, que reivindica melhores condições para o Posto Territorial da GNR local, vai aguardar “serenamente” pelo resultado da audiência de ontem na Assembleia da República (AR).

A Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da AR analisou uma petição, com 1.437 assinaturas, e ouviu os representantes do movimento subscritor.

Aquele movimento é constituído por pessoas que estão preocupadas com o posto da GNR de Almeida, no distrito da Guarda, nomeadamente “com a qualidade de patrulhamento e proximidade que ele não consegue dar às populações da sua área de responsabilidade”.

Carlos Pereira, um dos elementos do movimento de cidadãos que marcou presença na AR, disse à agência Lusa que na sessão “foi feita uma resenha daquilo que já estava vertido na petição”.

“No essencial, houve uma troca de opiniões e de alegações e, no final, foi dito que o deputado Carlos Peixoto [o relator, que é eleito pelo círculo eleitoral da Guarda], iria transmitir às bancadas dos diversos grupos parlamentares, o que se tinha passado naquela reunião e que, mais tarde, os diversos grupos parlamentares decidiriam se vão tomar alguma iniciativa parlamentar ou não”, explicou.

Segundo Carlos Pereira, o deputado Carlos Peixoto vai “elaborar um relatório circunstanciado” sobre a audição.

“Da nossa parte, estamos satisfeitos, na medida em que as nossas ideias e as nossas alegações foram ouvidas e têm repercussão num meio importante que é a AR. Agora, a decisão já não nos compete a nós. Nós fizemos o nosso trabalho até aqui. Vamos aguardar serenamente o que é que decorre desta nossa diligência”, afirmou Carlos Pereira.

O responsável disse ainda à Lusa que o grupo de cidadãos de Almeida continuará a fazer “aquilo que é útil para que se resolva o problema do Posto da GNR” local, por considerar a reivindicação “justa”, mas sem adiantar iniciativas concretas.

“Vamos transmitir ao resto dos membros [do movimento] e ponderar se faremos mais alguma iniciativa ou não”, concluiu.

Como se lê no texto do abaixo-assinado que foi enviado em abril à AR, os subscritores temem que a redução do efetivo policial possa ser “para níveis tão críticos” que acelerem e contribuam, “cada vez mais, para que a passagem do Posto da GNR de Almeida a Posto de Atendimento Reduzido (estar aberto apenas das 08 às 16 horas), se transforme numa inadequada e inquestionável realidade até, ou em, 2020”.

O Movimento por Almeida – Cidadania Digna e em Segurança também realça a “preocupante situação da qualidade do patrulhamento, praticamente inexistente na área de responsabilidade do Posto de Almeida por incapacidade operacional, e que prejudica gravemente a qualidade de segurança da população de oito das 16 freguesias do concelho”.

No documento é pedida “igualdade de tratamento” para o posto local da GNR e que seja “facultado e garantido o efetivo mínimo necessário e suficiente” de 18 a 20 militares “para desempenhar com dignidade a missão na sua área de responsabilidade”.


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