O juiz, que exerceu os últimos nove anos em Castelo Branco, tinha 327 processos parados, alguns deles datados de 2004, avança esta segunda-feira o JN. Ausentava-se com frequência, e para esconder os seus atrasos alterava datas em processos e deixava atas em branco.
O Conselho Superior da Magistratura decidiu reformá-lo não apenas pelo número de processos em atraso, mas especialmente por ter escondido as circunstâncias do inspetor, conseguindo uma avaliação de “bom com distinção.”
O magistrado tinha processos de regulação de poder paternal que esperavam anos. Houve casos que foram mesmo anulados por terem ultrapassado os 30 dias de inatividade previstos na lei.
O Conselho Superior da Magistratura considerou, na decisão de reformar o juiz que foi depois confirmada pelo Supremo Tribunal, que os comportamentos do magistrado transmitiam “uma imagem de desleixe e mau funcionamento da administração da Justiça.”