Cada estudante fará apenas um exame de acesso, na instituição mais próxima da sua área de residência e com esse resultado, pode candidatar-se a todas as universidades e politécnicos da região que abrirem vagas para estes concursos especiais.
A possibilidade de um exame único vai estar em cima da mesa no próximo ano letivo.
Para já, estão formalizados dois consórcios. Um no Norte — que inclui os politécnicos de Bragança, Porto, Cávado e Ave e Viana do Castelo — e outro no Sul, com os politécnicos de Setúbal, Santarém, Portalegre e Beja, bem como a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril e a Escola Náutica Infante D. Henrique, em Oeiras. Integra também esta rede a Universidade do Algarve, que tem ensino politécnico.
O terceiro consórcio, na região Centro, envolvendo politécnicos como Coimbra e Leiria, ainda não está concretizado, de acordo com Pedro Dominguinhos.
A Universidade de Aveiro, que também tem ensino politécnico, pode igualmente integrar o consórcio. As universidades estão mais atrasadas.
“O concurso especial destinado aos diplomados do ensino profissional — e que também abrange quem fez cursos artísticos ou de aprendizagem — permite a cada estudante candidatar-se a três cursos superiores diferentes, o que, de acordo com as regras aprovadas em abril pelo Governo, poderia obrigá-los a fazer mais do que um exame de ingresso”, adianta o jornal.
Se um aluno se candidatasse a licenciaturas de instituições diferentes, teria que fazer três provas específicas distintas.
Em declarações ao público, o presidente do CCISP disse que “faz pouco sentido os estudantes andarem a fazer provas em todas as instituições a que querem concorrer”.
O próximo ano letivo no ensino superior começa nas primeiras semanas de outubro, depois das alterações no calendário motivadas pela pandemia de covid-19.
As instituições têm até 18 de maio para aprovar os seus regulamentos internos e definir a fórmula de acesso a usar e dizer ao Governo se querem ou não abrir estes concursos especiais no próximo ano letivo.