Doente oncológica da Guarda pode ter um dreno no corpo

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Emília Fernandes pode, afinal, ter um dreno junto ao peito.

A doente de 73 anos, operada, em fevereiro, a um cancro da mama, no centro hospitalar de Trás-os-Montes, em Vila Real, e impedida de fazer tratamentos de radioterapia em Coimbra por ter um corpo estranho junto ao local mastectomizado, foi avaliada, esta manhã, pela equipa de cirurgia do Hospital da Guarda.

Dessa avaliação, ainda preliminar, resultaram indícios de que o dreno que lhe foi colocado durante a cirurgia tenha migrado para o interior do corpo sem que ninguém tivesse dado conta.

O caso revelado em primeira mão pelo JN no domingo passado conhece assim novos contornos ao mesmo tempo que já se sabe que o conselho de administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro reuniu ontem e abriu um inquérito para apurar os fatos e eventuais responsabilidades.

Assim que o caso foi tornado público, o Hospital da Guarda pediu ao IPO de Coimbra que recebesse a doente para ser novamente operada a fim de remover o corpo estranho descoberto em setembro por uma tomografia axial computorizada (TAC), mas o pedido foi rejeitado por alegada falta de vaga para cirurgias urgentes.

Recorde-se que Emília Fernandes deu entrada há uma semana no serviço de urgência do Hospital da Guarda com uma septicémia e que antes de ser internada no serviço de medicina interna, fez uma nova TAC em cujo relatório se podia ler que tinha sido ” identificada uma estrutura radio densa linear, paralela à superfície cutânea, com cerca de 13 centímetros de extensão, a correlacionar com os antecedentes cirúrgicos”.

Nas próximas horas, deve ficar a saber-se se a doente tem condições para ser operada em breve e se a ULS da Guarda assume fazer essa intervenção.


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