A Universidade da Beira Interior (UBI) promove, hoje, dia 26, o “Congresso Internacional de Homenagem a Sophia de Mello Breyner: a contemporaneidade dos clássicos”. O evento realiza-se no Anfiteatro I (Parada), na Faculdade de Artes e Letras, numa altura em que se assinalam os 100 anos do nascimento daquela que é uma das figuras mais proeminentes da Língua Portuguesa e da literatura contemporânea.
O Congresso pretende enaltecer as pontes de entendimento cultural que Sophia soube construir na sua vida e obra, como o programa consagra, com palestras e comunicações, por parte de professores convidados de diversas universidades, desde Arnaldo Espírito Santo, responsável pela conferência inaugural, até Cândido Martins, que irá proferir a palestra de encerramento.
O programa contempla ainda um Recital de poesia de Sophia, por parte de alunos dos diversos cursos do Departamento de Letras e de professores bibliotecários da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares da Covilhã. Oportunidade ainda para assistir à projeção do documentário de César Monteiro sobre a Autora e respetivo debate, dinamizado pela cineasta Amarante Abramovici. Faz ainda parte do Congresso Internacional a apresentação da exposição de e sobre Sophia e Jorge de Sena, patente na Biblioteca Central da UBI desde o dia 6 de novembro.
O evento é coordenado por Cristina Costa Vieira, diretora do Mestrado em Estudos Lusófonos, completando a comissão organizadora os docentes do Departamento de Letras Ana Rita Carrilho e Pedro Guilherme.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro de 1919. A sua obra, galardoada nacional e internacionalmente, plurimodal, desde a poesia ao conto infantil ou ao ensaio, perpetua a existência da autora, constituindo a ligação à Grécia clássica e aos valores platónicos do belo, do bom e do justo, não um motivo de anacronismo, antes, pelo contrário, uma força inspiradora para os tempos hodiernos.
De acordo com a organização, “Sophia insistia nas lições trazidas por clássicos como Homero ou Sófocles, a exemplo do valor da justiça, para as nossas vidas, e por ela tão destacado. Por “Clássicos” entendemos também neste Congresso os paradigmas de outras culturas com as quais a obra sophiana estabelece relações intertextuais, da portuguesa, à espanhola, à dinamarquesa ou à brasileira. Paradigmas que escapam à espuma dos dias, na expressão de Italo Calvino”.