“Desde quinta-feira que tenho andado diariamente em [ações de combate a] incêndios em consequências de sobrantes agrícolas”, disse à agência Lusa o comandante Serafim Barata.
Para alterar a situação, o responsável sugere que as câmaras municipais e a Autoridade Nacional de Proteção Civil sensibilizem os agricultores para os perigos daquela prática.
“Deveria haver uma tentativa de alerta a nível nacional, porque nestes dias, com as temperaturas altas e os ventos secos, assiste-se a uma situação muito complicada”, disse.
O responsável lembrou que algumas fogueiras realizadas para limpeza de terrenos agrícolas têm evoluído para incêndios, como aconteceu no sábado, na zona de intervenção dos bombeiros de São Romão, onde foram destruídos “cerca de dois hectares de pinhal”.
“Agora não é proibido queimar sobrantes [agrícolas], mas as pessoas fazem-no, não medem as consequências e originam estas situações”, observou o comandante dos Bombeiros Voluntários de São Romão.
Serafim Barata falava à agência Lusa após um homem de 44 anos ter sofrido queimaduras graves quando fazia uma queimada nas proximidades da aldeia de Vila Cova à Coelheira, na zona da Serra da Estrela.
Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) da Guarda, o incidente ocorreu pelas 15 horas e o homem foi transportado numa viatura de Suporte Imediato de Vida (SIV) para os Hospitais da Universidade de Coimbra.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de São Romão adiantou que o ferido sofreu “queimaduras do primeiro e segundo graus no membro inferior esquerdo e na face”.
Estiveram no local do sinistro elementos da GNR e os bombeiros voluntários de São Romão e de Seia, com 14 homens e quatro viaturas, indicou o CDOS da Guarda.