CCDRC admite finalizar reconstrução de “muitas habitações” até final do ano

A presidente da CCDRC esteve em Seia e Gouveia, no distrito da Guarda, onde hoje procedeu à entrega das chaves de habitações.

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) admitiu hoje que até ao final do ano possam estar finalizadas as obras de “muitas habitações” que foram destruídas nos incêndios de outubro de 2017.

“Nós [CCDRC] estimamos que até [ao] fim do ano muitas habitações estejam entregues, mas isto [processo de reconstrução] será impossível de terminar até final do ano. E, portanto, eu ficaria muito feliz, e de forma realista, se até meados do próximo ano, aliás como referiu o senhor Presidente da República, a quem explicámos o dossiê, que todas as casas estivessem concluídas”, disse Ana Abrunhosa.

A presidente da CCDRC falava aos jornalistas em Seia, no distrito da Guarda, onde hoje procedeu à entrega das chaves de quatro habitações (três na freguesia de Travancinha e uma na freguesia de Sandomil), que foram reconstruídas no âmbito do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente (PARHP).

Ana Abrunhosa explicou que nos 30 municípios da região Centro atingidos pelos incêndios rurais de 2017 foram aprovados 836 pedidos de apoio para reconstrução de habitações e estão concluídas as obras em 312, sendo que os restantes casos estão com as obras em execução.
Segundo a responsável, a CCDRC ainda está a analisar processos “em que as famílias ainda não regularizaram a titularidade das habitações e enquanto isso não acontecer” não podem avançar as obras.

Disse que “esta é a resposta realista” e que as entidades envolvidas tudo farão “para acompanhar as obras e para que elas se concluam o mais rápido possível”.

Explicou que a CCDRC está a realizar cerimónias simbólicas por concelho, mas também já foram entregues casas “de forma discreta”.

O presidente da Câmara Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo, disse na sessão realizada nos Paços do Concelho, onde foram entregues as chaves das primeiras quatro casas reconstruídas, que no seu município foram destruídas 56 casas e 31 anexos.

Segundo o autarca, foram apresentadas “mais de 36 candidaturas” e “33 tiveram parecer favorável”.

Carlos Filipe Camelo reconheceu que “foi um processo muito complexo, que teve avanços e recuos” e que, neste momento, “cerca de 22 processos estão em análise”.

Com a entrega das primeiras habitações, o autarca disse que tem “o sentimento do dever cumprido”.

“Nós hoje tivemos ocasião de ouvir o testemunho vivo das pessoas que aqui estiveram e a alegria de poderem regressar às suas habitações”, disse.

Segundo a CCDRC, o município de Seia tem 37 pedidos de apoio aprovados no âmbito do PARHP, que se referem a dois apetrechamentos de habitações, 18 reconstruções parciais e 17 reconstruções totais, envolvendo 3,2 milhões de euros.

Até ao momento, estão concluídas as obras em 14 habitações e 15 encontram-se em fase de execução.

O município de Gouveia, onde a presidente da CCDRC também se deslocou para entregar a chave de uma casa, em Melo, tem 16 pedidos de apoio contemplados no âmbito do PARHP, que se referem a quatro apetrechamentos de habitações, oito reconstruções parciais e quatro reconstruções totais, envolvendo cerca de meio milhão de euros.

Até ao momento, estão concluídas oito habitações e estão em execução sete reconstruções, indica a fonte.


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