Cancelamento de Girabolhos dá seis milhões de euros a Gouveia, Mangualde, Nelas e Seia

O Governo anunciou em abril o cancelamento da construção da barragem de Girabolhos, no rio Mondego.

Os municípios de Gouveia, Mangualde, Nelas e Seia assinam, na quinta-feira, no Ministério do Ambiente, em Lisboa, os protocolos que concretizam o acordo alcançado com a empresa Hidromondego, na sequência do cancelamento da barragem de Girabolhos.
“Na sequência do cancelamento do Projeto de Aproveitamento Hidroelétrico de Girabolhos, a Hidromondego compromete-se a implementar um conjunto de medidas destinadas a melhorar a vida das populações, como forma de atenuar o impacto do referido cancelamento”, refere o Ministério do Ambiente em comunicado hoje divulgado.
Segundo a fonte, a empresa vai disponibilizar cerca de seis milhões de euros para apoiar diversos investimentos, sendo que cada um dos quatro municípios “será beneficiado com uma verba de 1,5 milhões de euros para efetuar um conjunto de obras, nomeadamente melhorias nas infraestruturas”.
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, estará presente na cerimónia de assinatura dos protocolos agendada para as 16h30, de quinta-feira, no Ministério do Ambiente.
O Governo anunciou em abril o cancelamento da construção das barragens do Alvito, no Rio Tejo, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, e de Girabolhos, no rio Mondego, enquanto a construção da barragem do Fridão, no rio Tâmega, no concelho de Amarante, foi suspensa por três anos.
O Ministério do Ambiente indicou então, em comunicado, que na base da decisão estavam critérios jurídicos, financeiros, expectativas dos municípios abrangidos, metas das energias renováveis e descarbonização da economia portuguesa.
A barragem de Girabolhos, no rio Mondego, abrangeria os municípios de Gouveia e Seia (distrito da Guarda), Nelas e Mangualde (Viseu).


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