A proposta foi apresentada pelo vereador do PS Luís Couto e mereceu os votos favoráveis do presidente Sérgio Costa e dos outros dois eleitos pelo movimento independente Pela Guarda e a abstenção dos três vereadores do PSD.
O Governo aprovou, no dia 29 de dezembro de 2021, em Conselho de Ministros, um decreto-lei que transfere para a APDL – Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S. A. a gestão do Terminal Ferroviário da Guarda.
“O diploma concretiza a integração entre a modalidade ferroviária e marítima no transporte de mercadorias, através da gestão de infraestruturas concentrada na autoridade portuária”, segundo o comunicado do Governo.
Na altura, o presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), reagiu com satisfação à aprovação do documento, por considerar “um primeiro passo” para a criação de um projeto “muito importante” para a cidade e para a região.
Segundo o autarca, este “é um primeiro passo para a afirmação e reafirmação da Guarda no futuro da logística não só nacional, mas regional, nacional e até ibérica”.
Esta segunda-feira, o vereador socialista Luís Couto apresentou um voto de congratulação por o Governo ter aprovado o decreto-lei que possibilitará localizar o “primeiro porto seco do país” na cidade mais alta.
“É uma decisão justa” que vai “alavancar a economia do distrito” e “irá favorecer a Guarda no âmbito industrial e da colocação de novas empresas”, justificou aos jornalistas no final da reunião do executivo municipal.
O vereador disse que o mesmo é extensivo à atual ministra e deputada municipal Ana Mendes Godinho, por ter sido “uma das grandes obreiras” para a concretização do projeto.
O presidente da autarquia, Sérgio Costa, reafirmou aos jornalistas, também no final da sessão, o seu “regozijo” pela decisão tomada pelo Governo no final do ano de 2021.
“Naturalmente, este é um primeiro passo para o longo caminho que temos que trilhar continuamente, com as instituições públicas, com a APDL, com a Infraestruturas de Portugal, com o Estado central, para que assistamos, no mais curto de espaço de tempo, à publicação desta legislação”, disse.
O vereador do PSD, Carlos Chaves Monteiro, justificou a abstenção dos três eleitos no executivo municipal por considerar o voto de congratulação “precipitado”.
Referiu que o PS “quer ter os louros” de um projeto, que é “fundamental para o desenvolvimento” do território, quando o mesmo se deve “quer ao executivo [municipal] anterior, quer a muita gente da sociedade civil”.
Na mesma reunião, o executivo municipal liderado por Sérgio Costa aprovou, por unanimidade, a celebração de um protocolo para instalação do Comando Sub-Regional das Beiras e Serra da Estrela da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil nas antigas instalações da Associação Comercial da Guarda, que foram adquiridas no anterior mandato.