Em comunicado enviado à agência Lusa, a Comissão Coordenadora Distrital de Castelo Branco do Bloco de Esquerda realça os movimentos pendulares de pessoas que, por motivos profissionais ou formativos, se deslocam entre os diversos concelhos pertencentes a comunidades intermunicipais (CIM) diferentes.
“Muitas pessoas moram na área geográfica de uma CIM e trabalham ou estudam noutra, e precisam de fazer viagens diárias ou semanais entre as cidades. Que medidas está a CIM (Beiras e Serra da Estrela ou Beira Baixa) a estudar para que estas pessoas também possam beneficiar da redução do valor mensal dos passes de transportes públicos”, questionam.
O BE quer ainda saber se as comunidades intermunicipais da Beira Baixa (CIMBB) e Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) já iniciaram conversações no sentido de concertarem uma estratégia que permita às pessoas que se movimentam entre concelhos pertencentes às diferentes CIM a possibilidade de usufruírem da redução do valor mensal dos passes.
“As deslocações casa-trabalho e casa-escola são muito frequentes, por isso também consideradas deslocações pendulares, que ocorrem normalmente com frequência diária ou semanal”, sustentam.
O BE realça que o custo de se viver no interior “é muito elevado”, principalmente tendo em conta os custos das deslocações.
“Com a situação presente, muitas das deslocações no interior são realizadas em viaturas individuais, pois, além de caros, os transportes públicos oferecem um serviço muito deficiente, não abrangem todo o território e têm poucas opções de horário. A redução do custo destas viagens serve dois objetivos básicos, de cariz social e ecológico”, concluem.
A CIMBSE, com sede na Guarda, é constituída pelos municípios de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal, Trancoso, Belmonte, Covilhã e Fundão.
Já a CIMBB abrange os municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.