A primeira fase do projeto “Tecer-Entretecer-Destecer” passa por visitar fábricas abandonadas e outras em funcionamento, museus, paisagens e rotas de transumância pela serra da Estrela e aldeias adjacentes, com o objetivo de abordar e falar com antigos e atuais operários fabris e pastores. Segundo indica a ASTA, o projeto tem como ponto de partida arquivos e documentos históricos, testemunhos na primeira pessoa, estudos académicos em torno do tema e textos romanceados, relativamente à indústria têxtil.
A viagem terminará em Famalicão da Serra, no dia 4 de maio – dia em que a ASTA comemora 19 anos – para a primeira mostra pública do projeto.
De seguida, a viagem continuará para uma digressão nacional e internacional que levará a organização para as cidades de Beja, Porto, Évora, Vila Franca de Xira, Guarda, Covilhã, Idanha-a-Nova e Gouveia, onde o projeto estreará no dia 11 de maio. Posteriormente, o projeto será também apresentado em Santander e Burgos, em Espanha.
Segundo a ASTA, o projeto pretende ser “uma espécie de revisitação contemporânea, que nos permitirá outras leituras do passado da Covilhã e nos ajudará a compreender melhor o presente, abrindo portas para o futuro. De momento guia-nos a surpreendente obra de Ferreira de Castro, “A lã e a neve”, que nos servirá de guia nesta incursão ao passado têxtil da Covilhã e da região”.
O projeto “Tecer-Entretecer-Destecer” está a ser dirigido por Miguel Pereira, um dos mais conceituados coreógrafos nacionais e um dos expoentes máximos da nova dança portuguesa, refere a mesma fonte.