Assembleia Municipal da Guarda aprova orçamento camarário de 63,4 ME para 2022

A Assembleia Municipal da Guarda aprovou esta segunda-feira, por maioria, o orçamento da Câmara para 2022, no valor de 63,4 milhões de euros, que regista um aumento de cerca de 10 milhões relativamente ao deste ano.

O orçamento foi aprovado por maioria, com 69 votos a favor e 13 abstenções.

Segundo o presidente da autarquia, Sérgio Costa (Movimento pela Guarda), o orçamento para o próximo ano é “ambicioso” e “quer ser um orçamento virado já para a retoma económica e um orçamento com um cariz social muito elevado”.

“E a prova disso é que 35% do montante das Grandes Opções do Plano são precisamente para as funções sociais”, declarou o autarca.

De acordo com informação disponibilizada pelo município, as Grandes Opções do Plano e o orçamento “contêm as orientações políticas fundamentais, a estratégia de desenvolvimento concelhio, os projetos, os programas e as ações que a Câmara Municipal da Guarda prevê e vai realizar em 2022, primeiro ano do mandato de 2021/2025”.

“Como primeiro ano de mandato, consideramos estes documentos fundamentais para que o início da estratégia que delineámos e ambicionamos para o concelho da Guarda, reflita um novo rumo, conseguindo que o nosso município alcance, não só a sua afirmação de capitalidade regional, mas também consiga suprir as necessidades dos cidadãos da Guarda”, lê-se.

Como a aposta na Inovação e Tecnologia “é imprescindível nos dias de hoje”, o executivo municipal “decidiu criar um Programa Inovação e Tecnologia, no valor de 150 mil euros, possibilitando o desenvolvimento de processos e ferramentas internas para melhor gerir todas as informações, organizando os conhecimentos e as competências resultantes, conseguindo proporcionar um melhor serviço futuro aos munícipes”.

É compromisso do executivo o apoio às associações culturais e desportivas, “querendo marcar a diferença no conceder de apoios e parcerias” com um aumento de 100 mil euros face ao ano transato.

Na educação, é intenção reabilitar a Escola de Santa Clara e todas as escolas do 1.º Ciclo do concelho da Guarda, ainda em funcionamento, “proporcionando melhores condições físicas para a aprendizagem” e investir “mais 45 mil euros em bolsas e 50 mil euros para a criação de um Plano de Alojamento do Ensino Superior e Secundário”.

Entre outros projetos, a autarquia também tenciona “recuperar os antigos pavilhões do Parque da Saúde para instalar um Centro de Investigação Nacional do Envelhecimento, em linha com o objetivo de afirmação do Hospital de Sousa Martins, em estreita articulação com as autoridades regionais e nacionais de Saúde”.

Durante a discussão do orçamento, o líder da bancada do PS, Miguel Borges, disse que o partido votava a favor, mas alertou: “Este voto favorável não é um voto em branco. Estaremos cá para acompanhar as suas iniciativas”.

“É um pouco ambicioso inflacionar este orçamento na ordem dos 10 milhões de euros” devido à pandemia, observou, por seu lado, o deputado do PSD Ricardo Neves.

O Bloco de Esquerda (BE) absteve-se, segundo Bárbara Xavier, porque pretendia “ver discriminada” a despoluição dos rios Diz, Noéme e Massueime.

José Carlos Breia, do Movimento Pela Guarda, afirmou que os documentos autárquicos “refletem a exigência do quadro social e económico atual”.

O orçamento para 2022 também foi aprovado por maioria, na última reunião do executivo municipal, com os votos favoráveis dos três elementos do Movimento pela Guarda e do eleito do PS, e com a abstenção dos três vereadores do PSD.


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