A Assembleia Municipal (AM) da Covilhã aprovou hoje por “unanimidade e aclamação” um voto de congratulação pela indicação de António Guterres para secretário-geral da ONU.
“Em boa hora o nosso concidadão se candidatou e com muito brilho defendeu a sua propositura”, está referido na proposta que foi apresentada pelo presidente da AM, José Armando Serra dos Reis, e subscrita por todos os eleitos.
No texto – que será agora enviado a várias entidades nacionais, regionais e locais – pode ainda ler-se que “as Nações Unidas precisavam, há muito, de um humanista como António Guterres, competente, capaz de criar consensos e tomar iniciativas incentivadoras do respeito pelas pessoas”.
A ligação que António Guterres sempre teve à Beira Baixa é igualmente apontada com destaque para os anos em que foi primeiro-ministro.
“No percurso de António Guterres destacam-se o reconhecimento da sua Beira ao implementar, durante o seu governo, as grandes medidas estruturantes para a região, nomeadamente a criação da Faculdade de Ciências da Saúde, a A23, a rede de gás natural e a construção da Barragem do Sabugal”.
Além disso, o voto da Assembleia Municipal também abarca a dimensão internacional e sublinha que “o mundo não esquece o seu [de António Guterres] tributo à libertação e independência de Timor e o seu superior desempenho enquanto Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados”.
Na análise deste ponto, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, também fez questão de se associar ao voto de todos os eleitos da AM, tendo destacado inúmeras qualidades de António Guterres e mostrando-se ainda convicto que este “terá o engenho e a arte para criar as pontes necessárias neste momento particularmente difícil”.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas escolheu na quinta-feira por unanimidade e aclamação António Guterres como secretário-geral da organização, devendo agora a escolha ser ratificada pela assembleia-geral da organização.
António Manuel de Oliveira Guterres, 67 anos, nasceu a 30 de abril de 1949 na freguesia de Santos-o-Velho, em Lisboa, tendo a sua infância sido dividida entre a capital e a terra natal da mãe, Donas, no concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco.
Sempre assumiu publicamente os laços que o ligavam à Beira Baixa, tendo presidido à Assembleia Municipal do Fundão.