APDL diz que Porto Seco da Guarda é fundamental na ligação do Atlântico e Espanha

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O anúncio do concurso de empreitada para a implementação do Porto Seco da Guarda, no valor de quatro milhões de euros, foi publicado na segunda-feira em Diário da República.

A Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) considerou hoje que o Porto Seco da Guarda é uma iniciativa fundamental para fortalecer a eficácia da ligação de carga aos portos do Atlântico e Espanha através da ferrovia.

O anúncio do concurso de empreitada para a implementação do Porto Seco da Guarda, no valor de quatro milhões de euros, foi publicado na segunda-feira em Diário da República.

O procedimento foi lançado pela APDL que passou a ser gestora do terminal ferroviário por concessão atribuída pelo Governo.

Numa nota enviada à agência Lusa, a APDL explicou que a empreitada em curso na Guarda compreende uma série de melhorias e otimizações para garantir a eficiência operacional do terminal.

A intervenção prevê a construção de um edifício administrativo, serviços aduaneiros, a extensão das vias-férreas existentes de forma a acomodar um comboio de mercadorias com o comprimento de 750 metros, o aumento e reforço do terrapleno “permitindo dessa forma a movimentação de mais de 45.000 contentores de 20’’[pés] por ano” e a vedação do perímetro e controlo de acessos.

Contempla ainda a alimentação elétrica para a ligação de contentores frigoríficos, telecomunicações e circuito de videovigilância, a instalação de uma báscula rodoviária e barreiras acústicas e integração paisagística.

A APDL esclareceu que esta intervenção não modernizará apenas as operações, “mas também estabelecerá as condições necessárias para a preparação das autorizações alfandegárias e tributárias, juntamente com a alteração da passagem de peões”. Será salvaguardada “a livre circulação da população com o acréscimo das condições de segurança no tráfego do Terminal Ferroviário de Mercadorias da Guarda”.

O prazo de execução do contrato é de 270 dias. Os interessados têm 60 dias para apresentar as propostas, a contar da data do anúncio publicado em Diário da República.

Na nota, a APDL referiu que “acredita que o início deste processo contribuirá para a continuação eficiente do transporte de carga através da ferrovia, alinhando-se com os objetivos nacionais e europeus de aumentar a quota de transporte ferroviário, impulsionando a digitalização e aperfeiçoando os processos para os portos marítimos”.

Realçou ainda que “os portos secos desempenham um papel crucial em redes logísticas complexas, atuando como centros de concentração de mercadorias, depósitos de contentores vazios e outros serviços logísticos de valor acrescentado”.


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