Sindicato Independente dos Médicos pede “soluções” para hospital da Guarda

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou à Administração Regional de Saúde do Centro que “procure soluções” para o Hospital da Guarda, de onde se demitiram três coordenadores de serviços.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apelou à Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro que “procure soluções” para o Hospital da Guarda, de onde se demitiram três coordenadores de serviços.

Em comunicado, o SIM “solidariza-se com os dirigentes médicos do Hospital Sousa Martins – Guarda que colocaram o seu cargo à disposição, protestando pela falta de condições de trabalho e de recursos humanos”.

No documento, o sindicato também “saúda a pronta intervenção do presidente da Secção Regional da Ordem dos Médicos do Centro que se disponibilizou para encontrar soluções, reunindo com os senhores diretores de Serviço, no próximo dia 19 de outubro”.

O SIM apela à “presidente da ARS Centro para que encare os problemas de frente e procure soluções para um hospital muito carenciado no interior do país”.

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda referiu na quinta-feira, em comunicado, após deputados do CDS-PP terem apresentado uma pergunta ao Governo sobre a situação naquela unidade, que “não houve pedido de demissão de nenhum diretor de serviços clínicos”.

Segundo a fonte, verificou-se o “pedido de demissão de coordenadores de áreas de gestão integrada (blocos operatórios e da área cirúrgica), profissionais estes escolhidos e nomeados pelo atual Conselho de Administração (CA) para melhorar a articulação entre serviços clínicos, e ainda de uma das duas coordenadoras da Unidade de Cirurgia de Ambulatório”.

“Os dois primeiros resultaram de constrangimentos decorrentes da implementação de novas regras internas conducentes a um maior rigor na gestão dos materiais cirúrgicos e da resistência de aceitação das mesmas por alguns dos pares. A coordenadora da área cirúrgica manifestou, no entanto, a sua disponibilidade para continuar as suas funções como Adjunta da Direção Clínica”, esclareceu.

A coordenadora da Unidade de Cirurgia de Ambulatório “apresentou o seu pedido de demissão por excesso de trabalho associado a esse cargo, que exerce em acumulação e sem prejuízo da sua atividade clínica”, indicava a mesma nota.

“Ninguém manifestou querer sair por rutura com o atual CA e todos se prontificaram em continuar a colaborar com o mesmo”, garantiu a ULS/Guarda.

Na quarta-feira, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos considerou que a ULS vive uma situação “explosiva”, que vai ser analisada a 19 de outubro.

“Isto não é nada que surpreenda a Ordem dos Médicos. A Guarda está a viver, já há algum tempo, uma situação absolutamente explosiva com gravíssimos problemas e, problemas esses que, infelizmente, têm sido desvalorizados pela tutela, pelo Ministério da Saúde, que não tem tido uma ação consequente para resolver todas as situações que já por várias vezes foram reportadas, inclusivamente pela Ordem dos Médicos”, disse Carlos Cortes.


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